Para nós, brasileiros, tomar banho em um chuveiro elétrico é algo completamente natural. O aparelho, que aquece a água instantaneamente e de forma relativamente barata, está presente em milhões de casas, de grandes cidades a áreas rurais.
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Basta viajar para outros países para perceber uma diferença notável: o chuveiro elétrico praticamente só existe no Brasil. Lá fora, o aquecimento da água costuma ser feito por sistemas centralizados, boilers ou aquecedores a gás. Então, por que esse equipamento se tornou tão onipresente no Brasil e raro no resto do mundo?
Uma invenção brasileira que conquistou o país
O chuveiro elétrico foi desenvolvido e popularizado no Brasil como uma solução prática e acessível para o banho quente. Diferente de sistemas de aquecimento central ou a gás, ele não exige infraestrutura complexa.
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Basta um ponto de energia e água encanada para instalar o aparelho, o que o torna ideal para diferentes tipos de residências, incluindo apartamentos pequenos ou casas simples.

Além disso, o Brasil tem abundância de energia elétrica em muitas regiões, com destaque para a geração hidrelétrica.
Esse cenário favoreceu o uso massivo do chuveiro elétrico, já que o custo de instalação é baixo e o consumo de energia só acontece durante o banho, tornando-o mais eficiente para famílias que querem economizar.
Por que outros países não usam chuveiro elétrico?
Antes de tudo, seria errado afirmar que só existe chuveiro elétrico no Brasil. Apesar de incomum, o modelo também pode ser encontrado em países da América Latina como Peru (o maior importador do mundo), Bolívia, Paraguai, México, Costa Rica, Guatemala, Equador e Cuba.
O modelo também tem presença emergente na África, com vendas em países como Quênia e Uganda, embora em menor escala. No entanto, esses mercados ainda não veem o chuveiro elétrico como padrão, como acontece no Brasil.
Em grande parte do mundo (especialmente em países frios), o padrão é utilizar aquecedores centrais ou sistemas a gás. Existem alguns motivos para isso:

- Voltagem e infraestrutura elétrica: em países como os Estados Unidos, a maioria das residências funciona em 110V, o que dificulta o uso de chuveiros elétricos potentes. Já no Brasil, com muitas regiões usando 220V, os aparelhos conseguem atingir temperaturas confortáveis;
- Cultura e hábitos de banho: em alguns países, o banho diário e demorado com água quente não é tão comum quanto no Brasil. Investir em aquecimento elétrico instantâneo não faria tanto sentido para esses padrões de consumo;
- Clima e tradição energética: países frios já possuem sistemas de aquecimento de água integrados à calefação da casa, aproveitando o mesmo sistema para chuveiros, torneiras e até radiadores.
Hoje, o chuveiro elétrico faz parte da identidade doméstica do Brasil. Ele representa acesso rápido ao conforto térmico, mesmo em lares com orçamentos modestos.
Embora haja discussões sobre consumo energético e segurança, ele continua sendo a escolha dominante no país, enquanto permanece quase inexistente em outros lugares.
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