Comércio exterior da China resiste ao tarifaço de Trump, cresce 3,6% em 12 meses e soma US$ 5,27 trilhões

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Da Redação (*)

Brasília– O comércio exterior de mercadorias da China manteve um crescimento estável nos primeiros 10 meses de 2025, apesar dos ventos contrários da economia global, mostraram dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (7). A corrente de comércio (exportações+importações) do país totalizou US$ 5,27 trilhões (37,31 trilhões de yuans) de janeiro a outubro, um aumento anual de 3,6%, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas (AGA).

Isoladamente em outubro, as importações e exportações de bens da China subiram 0,1% ano a ano, para 3,7 trilhões de yuans. As exportações caíram 0,8% em termos anuais, mas as importações subiram 1,4%, marcando o quinto mês consecutivo de expansão.

Lyu Daliang, diretor do Departamento de Estatísticas e Análise da AGA, disse que, apesar dos choques externos, o comércio exterior da China demonstrou forte resiliência este ano, mantendo sua expansão estável e constante, resultado alcançado com grande esforço.

ASEAN e UE, os dois principais parceiros

Nos primeiros 10 meses, a ASEAN foi o maior parceiro comercial da China. O valor do comércio entre os dois lados aumentou 9,1% ano a ano e representou 16,6% do valor total do comércio exterior da China.

A China permanece como o maior parceiro comercial da ASEAN por 16 anos consecutivos, enquanto a ASEAN tem sido o maior parceiro comercial da China por cinco anos consecutivos.

Durante o período de 10 meses, o comércio da China com a UE cresceu 4,9%, enquanto o comércio sino-americano caiu 15,9%. Os dados também destacaram um aumento de 5,9% no comércio chinês com os países do Cinturão e Rota.

As empresas privadas demonstraram dinamismo significativo como principal motor do comércio, com seus valores de importação e exportação crescendo 7,2%, para 21,28 trilhões de yuans, representando 57% do total do país e 1,9 ponto percentual acima do mesmo período do ano passado.

O comércio exterior da China continuou a sofrer uma mudança estrutural, com as exportações de produtos mecânicos e elétricos crescendo 8,7%, respondendo por 60,7% do total das exportações, impulsionadas pelo forte crescimento em circuitos integrados e automóveis, enquanto os produtos de mão de obra intensiva tiveram um declínio de 3%.

“O comércio exterior ainda enfrenta algumas pressões no quarto trimestre, mas fatores positivos estão se acumulando”, disse Bao Xiaohua, professora titular da Universidade de Finanças e Economia de Shanghai.

Com várias políticas de apoio entrando em vigor, a pressão descendente sobre as exportações da China é geralmente administrável no quarto trimestre, e deve se registrar um crescimento estável para o ano inteiro, acrescentou Bao.

(*) Com informações da Agência Xinhua

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