Por mais que a conectividade com a internet no metrô ainda não seja perfeita, não deixa de ser impressionante o fato de termos uma conexão estável na maioria das linhas. É fato que ainda há muito espaço para melhorias, já que existem estações ou linhas completas em que a conexão não funciona – mas ainda assim, pode-se afirmar que é um sistema eficiente.
- Celular sem sinal? 4 dicas para resolver o problema sem comprar um aparelho novo
- O celular sem sinal de operadora gasta mais bateria?
Você talvez já tenha se perguntado como a internet pode funcionar tão bem em um meio de transporte que fica embaixo da terra e ainda se move em alta velocidade. Entenda o processo:
Desafios da conectividade subterrânea
Os túneis do metrô são construídos com concreto e aço, materiais que bloqueiam ou enfraquecem os sinais de rádio usados na telefonia. Ao contrário das ruas, onde torres de transmissão estão espalhadas, o metrô exige uma rede própria de antenas internas. Sem isso, a cobertura se torna inviável.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Além disso, a movimentação constante dos trens e a alta concentração de usuários nos horários de pico tornam a operação ainda mais complexa. Imagine milhares de passageiros tentando assistir vídeos ou enviar mensagens ao mesmo tempo dentro de um espaço limitado; a rede precisa ser dimensionada para dar conta dessa demanda.

O papel do DAS
Para resolver esse problema, as operadoras instalam sistemas conhecidos como DAS (Distributed Antenna System). Trata-se de uma rede de antenas menores espalhadas pelos túneis e estações, todas conectadas a uma infraestrutura central. Assim, o sinal 5G é distribuído de forma contínua, de forma que acompanha o deslocamento dos trens e garante que o usuário não perceba quedas bruscas na conexão.
No caso do 5G, a importância do DAS é ainda maior. Como essa tecnologia utiliza frequências mais altas, que têm alcance menor e maior dificuldade de atravessar obstáculos, a presença de repetidores internos se torna essencial para viabilizar a cobertura subterrânea.
Backbone e fibra óptica
Outro componente crucial é a fibra óptica. Para levar o sinal até o subsolo, as operadoras constroem uma rede de cabos de alta capacidade conectada às antenas. Essa infraestrutura funciona como a rede principal que transporta grandes volumes de dados com velocidade e estabilidade. Sem ela, o desempenho do 5G seria muito limitado em ambientes de grande tráfego.
Nem todas as operadoras oferecem a mesma experiência dentro do metrô. A instalação de antenas depende de acordos com as concessionárias que administram cada linha, o que pode gerar diferenças entre regiões e operadoras. Em algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, já existem projetos em andamento para modernizar a rede e levar o 5G a todas as linhas até 2030.

Benefícios para os usuários
Com o 5G funcionando de forma plena, os passageiros terão acesso a velocidades muito superiores às do 4G, além de menor latência. Isso significa assistir vídeos em alta definição sem travar, fazer chamadas de vídeo estáveis e até usar aplicativos que exigem resposta em tempo real, como jogos online. Além disso, a rede robusta abre espaço para soluções de segurança, monitoramento em tempo real, e comunicação interna entre os sistemas metroviários.
Levar internet para o metrô exige mais do que ativar antenas tradicionais. O processo é complexo, mas promete transformar a experiência dos passageiros, para tornar a conectividade subterrânea tão eficiente quanto a da superfície.
Leia mais
- Galaxy S26 Ultra vai ter tela “anti-curiosos”, revela site
- Galaxy S25 FE vaza em anúncios em português; confira
- Galaxy S26 Ultra: salto na velocidade de carregamento será menor que o esperado
Qual a DIFERENÇA entre as redes 4G e 5G?
Leia a matéria no Canaltech.