
A equipe do gerenciador de senhas NordPass realizou, pelo sétimo ano seguido, o levantamento das 200 senhas mais comuns, elencando as tendências mundiais e locais no uso de credenciais e o que é mais ou menos repetido na segurança pessoal. Novamente, os usuários mostraram se preocupar mais com comodidade do que com a proteção de seus dados e contas, mesmo as mais sensíveis.
- Como ver todas as senhas salvas no Google | Guia completo
- 5 apps gerenciadores de senhas gratuitos e confiáveis
Nesta edição, no entanto, contamos com uma novidade: a análise geracional das tendências de senha, ou seja, insights sobre como usuários mais idosos lidam com suas credenciais em comparação com a geração Z, que já cresceu em um mundo tecnológico. O resultado pode ser bem surpreendente.
As 200 senhas mais comuns e o Brasil
O informe sobre as senhas mais utilizadas foi um esforço conjunto entre NordPass e NordStellar, também colaborando com pesquisadores independentes. Foram analisados dados públicos e de repositórios da dark web entre setembro de 2024 e setembro de 2025, sem comprar nenhum dado pessoal para a investigação.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–

As informações abarcam 44 países e pessoas entre a geração silenciosa (nascidas antes de 1946) e geração Z (1997 – 2007). Culturalmente, as diferenças surgem nos nomes: é comum ver “kristian123” em alguns países, mas “Joan89” em outros.
No Brasil, a senha mais usada ainda é “admin”, com mais de 2 milhões a usando como credencial. Em segundo lugar, “123456”, com mais de 1,6 milhão de ocorrências, seguido de “12345678”, com 594 mil.
Sequências numéricas simples continuam aparecendo na lista, com exceções interessantes como “password”, em 11º, com 84 mil ocorrências, “mudar123” em 14º, com 68 mil, e “gvt12345” em 10º, com 96 mil.
Em 20º, “1q2w3e4r”, com 53 mil, mostrando que a proximidade no teclado, cômoda, pode ser uma armadilha. Em termos mundiais, a senha mais usada segue sendo “123456”, com 21,6 milhões de ocorrências, seguida de “admin”, com 21,03 milhões.
Curiosamente, os “nativos digitais”, como são chamadas as gerações mais novas, não são tão mais inteligentes na hora de criar senhas: sequências numéricas continuam no topo, com gírias como “skibidi” aparecendo na lista. De resto, é basicamente a mesma tendência de uma pessoa de 80 anos ou mais.

A senha “password”, nos últimos sete anos, só figurou no topo uma vez, com “123456” vencendo em todas as outras vezes. Equivalentes a “senha” em cada língua também sempre aparecem, bem como combinações dessas palavras com caracteres especiais, como @ (“p@ssword” é campeã), palavrões, números da sorte e patriotismo, com nomes de países também figurando.
A pesquisa mostra, mais uma vez, como o esforço de campanhas de conscientização têm dificuldade de chegar à população, já que a tendência de senhas simples e apenas com números ou letras continua em alta.
Mesmo que você não tenha visto sua senha na lista, confira algumas dicas para deixar as credenciais fortes e à prova de hackers: como de costume, misture letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais, e revise as senhas com regularidade.
- Convém trocar senhas antigas e reutilizadas, lembrando que não é para repetir credenciais em vários lugares, viu? Use, ainda, autenticação multifator e, se possível, um gerenciador de senhas, bem como passkey.
Leia também no Canaltech:
- Carros modernos viram alvo de hackers com falha em chip de comunicação
- Parece original, mas é golpe: novo trojan transforma apps famosos em espiões
- Vulnerabilidade crítica no PCIe 5.0 afeta CPUs Intel e AMD; entenda
VÍDEO | A SUA SENHA É FRACA #Shorts
Leia a matéria no Canaltech.

