Foi em 26 de julho de 1971 que a NASA lançou a Apollo 15, a quarta missão do programa Apollo a levar humanos rumo à superfície lunar. Naquele dia, o foguete Saturn V deixou a plataforma do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, levando em seu topo um trio de astronautas, os módulos lunar e de serviços e até um carro.
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Antes de continuar, vale voltar rapidamente para 1969 — foi naquele ano que os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins viajaram rumo à Lua na missão Apollo 11, aquela que marcou na história a primeira vez em que humanos caminharam na superfície do nosso satélite natural.
Com o sucesso da missão, a NASA continuou com seu programa lunar a todo vapor e passou a experimentar mais. É neste contexto que chegamos à Apollo 15, que marcou o início de uma nova etapa: além de esta ter sido a missão mais longa na superfície lunar até aquele momento do programa, a Apollo 15 incluiu três caminhadas no solo do nosso satélite natural e um “jipe lunar”.
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Como foi a Apollo 15
A tripulação da Apollo 15 contou com o comandante Dave Scott, veterano que já havia servido em outras duas missões espaciais. Junto dele, estava Jim Irwin, piloto do módulo lunar que foi piloto de testes e de caças F-12 na Força Aérea norte-americana. Finalmente, Al Worden, que estava em seu primeiro voo espacial, completou a tripulação como piloto do módulo de comando.

Enquanto Worden ficou na órbita lunar, Scott e Irwin desceram à superfície e levaram um item extra no módulo de pouso: o Lunar Roving Vehicle (ou “LRV”, na sigla em inglês) um jipe do tamanho de um buggy usado em passeios por dunas. Este carro os transformou nos primeiros humanos que dirigiram na superfície de um mundo diferente da Terra.
O carro pesava cerca de 200 kg e foi projetado para ser dobrado, ficando pequeno o suficiente para se encaixar no comportamento do módulo lunar. Quando estava em atividade, o pequeno veículo podia rodar a até 13 km/h na superfície lunar, e ajudou os astronautas a percorrem 27 km por lá.
Carro da NASA na Lua
Os anos que se seguiram desde a Apollo 11 foram marcados pelo desinteresse crescente no programa lunar da agência espacial norte-americana. Isso começou a mudar na Apollo 15, que trouxe um local de pouso mais interessante, mais transmissão de imagens feitas na Lua e, claro, o jipe em ação.

Com o LRV, os astronautas puderam chegar mais longe em nosso satélite natural e exploraram regiões longe do local de pouso. Obviamente, havia limitações — os rovers não tinham baterias recarregáveis e, por precaução, só poderiam funcionar em distâncias limitadas. Desta forma, a tripulação conseguiria voltar para o módulo lunar mesmo se o carro tivesse qualquer problema.
Os engenheiros continuaram estudando os LRVs após o fim do programa Apollo para descobrir pistas de como desenvolver rovers robóticos atuais e futuros. Hoje, temos rovers explorando Marte graças a análises dos veículos que fizeram parte da era Apollo.
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