É VERDADE que celulares dobráveis tem limite de vezes que podem abrir e fechar

Tecnologia

É VERDADE que smartphones dobráveis têm um limite estimado de vezes que podem ser abertos e fechados. Esse questionamento está cada vez mais presente diante do aumento de modelos dobráveis disponíveis no mercado.

O número de ciclos de dobra desses aparelhos está diretamente ligado à durabilidade dos dispositivos, já que, uma vez danificada a tela, a vida útil do smartphone pode ser significativamente reduzida.

Ciclos de dobras dos smartphones

As marcas que oferecem celulares dobráveis no Brasil trabalham com limites semelhantes para o número de ciclos que os aparelhos suportam.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

A Samsung, por exemplo, informa em seu site que os modelos Galaxy Z Fold6 e Z Flip6 foram projetados para suportar, em média, 200 mil ciclos de abertura e fechamento. Ou seja, o dispositivo deve durar mais de cinco anos se for aberto e fechado cerca de 100 vezes por dia.

Já o Galaxy Z Fold7 tem um painel OLED com durabilidade estimada em 500 mil dobras. Esse número equivale a mais de 10 anos para usuários que abrem o smartphone cerca de 100 vezes ao dia, e a mais de seis anos para quem o dobra 200 vezes diariamente.

“Essa durabilidade notável é possível graças à estrutura resistente a choques recentemente desenvolvida pela Samsung Display, inspirada nos princípios de design do vidro à prova de balas”, informou a empresa em comunicado.

Galaxy Z Fold7
Samsung informa que Galaxy Z Fold7 suporta cerca de 500 mil ciclos de dobras (Gabriel Furlan Batista/Canaltech)

O Motorola Razr 50 Ultra tem estimativa de 600 mil ciclos de dobra. Já o Razr 60 Ultra recebeu uma otimização na tela e na dobradiça, resultando em 35% mais resistência.

“Nossos celulares são desenvolvidos com foco máximo na experiência do usuário e na durabilidade ao longo do tempo. Um exemplo disso é o motorola Razr 60 Ultra, cuja dobradiça conta com uma nova placa reforçada com titânio, quatro vezes mais resistente que o aço inoxidável de grau cirúrgico. Essa estrutura foi projetada para suportar até 35% mais dobras em comparação à geração anterior”, informou a companhia em contato com o Canaltech.

Razr 60 Ultra
Razr 60 Ultra é 35% mais resistente do que a geração enterior de dobráveis da Motorola (Gabriel Furlan Batista/Canaltech)

A Honor também comercializa dobráveis no Brasil e, de acordo com a companhia, seu modelo mais recente, o Honor Magic V3, resiste a mais de 500 mil ciclos de dobra.

Frequência de uso de smartphones

As dúvidas sobre a durabilidade desses aparelhos estão diretamente relacionadas à frequência com que interagimos com eles, já que os smartphones se tornaram praticamente inseparáveis do dia a dia.

Um estudo publicado no início de 2025 pelo site Reviews.org apontou que cidadãos dos Estados Unidos verificam o celular, em média, 205 vezes por dia. Isso significa que eles interagem com o dispositivo quase uma vez a cada cinco minutos durante o período em que estão acordados.

Embora essa pesquisa não trate do Brasil, outro estudo — desenvolvido pela Data.ai — revela que o brasileiro passa, em média, 5,02 horas diárias usando o celular, o que coloca o país na quinta posição do ranking global —  atrás de Indonésia, Tailândia, Argentina e Arábia Saudita. Os EUA, por sua vez, ocupam a 11ª colocação, com uma média de 4,39 horas por dia.

Esses dados indicam que a frequência com que os brasileiros verificam o celular pode ser ainda maior do que a observada no estudo realizado apenas com americanos.

Com números cada vez mais altos relacionados ao uso de smartphones no Brasil, compreender os limites da nova geração desses dispositivos é essencial para fazer uma escolha consciente na hora de adquirir um novo aparelho.

Leia também:

VÍDEO | CELULARES DOBRÁVEIS: VALE APENA INVESTIR OU É PROBLEMA TER UM?

Leia a matéria no Canaltech.