A Casa Branca publicou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que lista os produtos brasileiros que escaparam do “tarifaço” do governo do presidente Donald Trump — entre os itens, estão aviões, motores de aeronaves, aço e produtos ligados ao agronegócio, que levaram a um disparo de mais de 10% nas ações da Embraer. A medida entra em vigor em 6 de agosto.
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Embora a taxação tenha gerado apreensão entre setores exportadores, o anúncio trouxe alívio para alguns segmentos da economia brasileira, como aviação, siderurgia e agronegócio. No caso, a Embraer e GE Celma (a unidade da GE Aviation especializada na manutenção de motores a jato) receberam a notícia de bom grado.
Atualmente, a Embraer mantém no Brasil a produção das aeronaves comerciais E2, do cargueiro militar KC-390, bem como das fuselagens de aviões que são enviados aos Estados Unidos para montagem.
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Justificativas e tensões diplomáticas
A aviação militar não faz parte da lista de isenções, mas analistas não veem impacto direto — se houver vendas da Embraer para o governo norte-americano, as aeronaves seriam produzidas no território dos EUA. Apesar da trégua parcial, produtos como café, frutas e carnes entram na nova taxação.

No texto assinado por Trump, o Brasil é descrito como uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos Estados Unidos”. A expressão é parecida com a classificação dada a Cuba, Venezuela e Irã, nações consideradas hostis aos norte-americanos.
O documento ainda prevê que a lista de exceções pode ser alterada caso o Brasil demonstre alinhamento com os EUA em temas de segurança, economia e política externa. E mais: a Casa Branca deixou claro que qualquer retaliação por parte do governo brasileiro poderá levar ao aumento das alíquotas.
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