
Ex-funcionários da Rockstar organizaram um protesto nesta última quinta-feira (6), na frente da divisão escocesa do estúdio. Na ocasião, eles negaram as acusações de vazamento de informações sigilosas, argumento utilizado pela companhia para justificar a demissão em massa da última semana.
Além de se reunirem onde funciona a Rockstar North, na Escócia, também houve indignação na Take-Two House — em Londres. A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Independentes da Grã-Bretanha (IWGB), com o objetivo de mostrar oposição às demissões e acusações.
O estúdio de GTA e Red Dead Redemption não se pronunciou sobre a ação dos ex-funcionários. No entanto, horas depois, anunciou o adiamento de GTA 6 — que agora será lançado apenas em novembro de 2026, um atraso de 6 meses em relação ao que tinham prometido ao público.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
De acordo com um rumor, foram demitidos entre 30 e 40 funcionários da Rockstar. Enquanto o sindicato clama que isso se deve à sua participação em ações sindicais e trabalhistas, o estúdio afirma que os demitidos compartilhavam informações sensíveis sobre a companhia e seus jogos em fóruns da internet.

Os protestos contra a Rockstar
Ao IGN, o líder do IWGB, Alex Marshall, afirma que a acusação é uma “cortina de fumaça”:
“A Rockstar contião do estúdio de GTA é apenas uma ‘cortina de fumaça’ e quer criar dúvidas sobre a raznua a se desviar da razão principal das demissões: eles temem que os trabalhadores discutam sobre seus direitos e um local de trabalho justo com vozes coletivas. A gerência já mostra que eles não se importam com o adiamento de GTA 6, a prioridade deles é atacar o sindicato e mirar em cada pessoa que produziu o jogo”.

Ele também aponta como a desenvolvedora se beneficiou ao longo dos anos, sem que sua equipe lutasse por mudanças dentro da cultura que foi criada em torno da indústria gaming:
“Nos últimos anos, os executivos da Rockstar se beneficiaram de 444 milhões de libras em isenções fiscais, enquanto mostravam total desrespeito pelas leis e sustento de seus funcionários. A cada passo, eles escolhem o lucro ao invés dos trabalhadores e dos fãs de seus jogos”.
Além do representante sindical, outros ex-funcionários (que não quiseram se identificar) acusaram o estúdio de injustiça. Uma das pessoas afirma que foi demitida “sem aviso, sem evidências e sem qualquer chance de argumentar”.
Em seu testemunho, ele aponta que “não vazaram informações ou tentaram ferir as normas da companhia”. Para o desenvolvedor, o que fizeram foi “apoiar uns aos outros, tentar entender como o trabalho funciona e tornar a experiência melhor. Perder meu trabalho por isso é muito injusto”, concluiu.
A dismissed employee at Rockstar reads a statement: pic.twitter.com/wkIDU28NRJ
— ben (@videotechuk_) November 6, 2025
Um dos líderes do partido escocês Scottish Greens, Ross Greer, postou nas redes sociais apoio aos ex-funcionários da Rockstar. “Recontrate-os agora, então sentem-se à mesa e dê à sua equipe um pagamento e condições que eles merecem por fazer bilhões para vocês”, diz o político.
Leia também no Canaltech:
- Filme de Resident Evil trará uma Raccoon City “diferente”
- Programa Future Class é descontinuado pelo The Game Awards
- Pior que o Uber: Preço dinâmico da PS Store irrita jogadores e gera revolta
Leia a matéria no Canaltech.

