
Resumo
- Impressora 3D feita com Lego usa quatro motores Lego e uma caneta de impressão 3D para fabricar objetos.
- O controle é realizado via script em Python que interpreta arquivos G-code e movimenta os eixos X, Y e Z.
- O projeto funciona como brincadeira, já que tem baixa precisão e produz peças de baixa resolução em comparação a impressoras 3D comerciais.
Um entusiasta de tecnologia, identificado no Reddit como Zealousideal-Army333, construiu uma impressora 3D diferentona e totalmente funcional com peças de Lego. O projeto combina blocos de montar, motores, Python e uma caneta de impressão 3D para criar objetos tridimensionais a partir de filamento derretido, embora com limitações de qualidade e custo.
A concepção e montagem do dispositivo foram realizadas pelo próprio criador, que detalhou o processo na rede social como um “desafio demorado”.
Como funciona a impressora 3D de Lego?
A estrutura principal da impressora, responsável pela movimentação nos três eixos (X, Y e Z), foi toda construída com vigas, engrenagens e componentes do sistema Lego Technic, uma linha avançada da marca focada em criar modelos complexos e funcionais.
O sistema de movimentação, por sua vez, é operado por um conjunto de quatro motores também da Lego. Três de maior porte são dedicados ao controle preciso dos eixos X (horizontal), Y (profundidade) e Z (vertical), permitindo que a cabeça de impressão se desloque no espaço tridimensional. Um quarto motor, de tamanho menor, foi adaptado para acionar o mecanismo de extrusão de uma caneta 3D.

No lado do software, o controle da máquina é gerenciado por um script personalizado desenvolvido na linguagem de programação Python capaz de interpretar arquivos de G-code, o formato de comando padrão utilizado pela maioria das impressoras 3D.
O script traduz essas instruções de coordenadas, velocidade e extrusão em comandos compreensíveis para os motores, permitindo que a impressora execute os mesmos arquivos de projeto que seriam utilizados em um equipamento comercial sem a necessidade de conversões ou processamentos adicionais.
Diferente de uma impressora 3D convencional, que utiliza um sistema de extrusão com engrenagens para puxar e derreter o filamento plástico, o projeto emprega uma caneta 3D comercial como cabeça de impressão.
O motor menor é mecanicamente posicionado para pressionar o botão de avanço do filamento da caneta. Ao ser ativado, derrete o plástico e o deposita na plataforma de construção. Este conjunto se move conforme as coordenadas recebidas para formar as camadas de um objeto.
Vale em desempenho?
Apesar da engenhosidade do projeto, a impressora de Lego funciona como brincadeira. O próprio criador admite que, se analisado como equipamento prático, os resultados serão insatisfatórios, já que existem dificuldades para obter impressões bem-sucedidas.
A precisão e estabilidade limitadas da estrutura de plástico, em comparação com componentes metálicos de impressoras comerciais, geram objetos de baixa resolução e com imperfeições. A adesão do filamento também é um desafio, exigindo várias tentativas para que as camadas iniciais se fixem corretamente.
Como observa o Tom’s Hardware, o custo do projeto também o posicionaria mais como uma prova de conceito do que uma alternativa. Uma análise dos componentes necessários para uma possível produção em larga escala revela um valor final muito superior ao de modelos de entrada consolidados no mercado.
Impressora 3D feita de Lego combina Python e motores para criar objetos