iRobot, criadora do robô aspirador mais famoso do mundo, faz pedido de falência

Tecnologia

A iRobot, responsável pela fabricação dos populares robôs aspiradores da linha Roomba, protocolou um pedido de proteção contra falência no Distrito de Delaware, nos Estados Unidos. A medida faz parte de um acordo de reestruturação que resultará na venda da companhia para a sua principal fornecedora e credora, a empresa chinesa Shenzhen PICEA Robotics.

A companhia informou que suas operações funcionarão normalmente durante o processo. Não haverá interrupção no funcionamento dos aplicativos, no suporte ao cliente, na validade das garantias ou no fornecimento de peças.

Gary Cohen, CEO da iRobot, descreveu a aquisição como um passo necessário para a sobrevivência da marca:


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“O anúncio de hoje marca uma etapa fundamental para o futuro de longo prazo da iRobot. A transação fortalecerá nossa posição financeira e ajudará a garantir a continuidade para nossos consumidores, clientes e parceiros”.

O auge e declínio da iRobot

A iRobot foi fundada em 1990 por integrantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e lançou o robô Roomba em 2002. Desde então, mais de 50 milhões de unidades do equipamento foram vendidas. 

No entanto, a empresa passou por momentos turbulentos nos últimos anos: durante o auge da pandemia, ela chegou a valer mais de US$ 3,5 bilhões (ou R$ 19 bilhões em conversão direta), mas viu sua avaliação cair para menos de US$ 140 milhões (~R$ 758 milhões) antes do pedido de falência.

iRobot Roomba
Robôs iRobot Roomba estão entre os mais populares do mundo (Imagem: Divulgação/iRobot)

O colapso da pioneira da robótica doméstica foi impulsionado por uma série de fatores, que incluem o fracasso da venda para a Amazon. A aquisição, cancelada em janeiro de 2024, foi bloqueada por reguladores antitruste da União Europeia.

Outro fator determinante foi a concorrência no setor, com a perda de participação de mercado para rivais chinesas como Ecovacs e Roborock. Essas empresas foram capazes de oferecer produtos com custos menores e recursos tecnologicamente avançados, de acordo com especialistas. 

A empresa ainda viu um aumento nos seus custos de fabricação, além da aplicação de novas tarifas pelos Estados Unidos — com destaque para uma taxa de 46% sobre importações do Vietnã, que prejudicou as margens de lucro.

Foi divulgado que a nova proprietária assumirá 100% da propriedade da companhia, com previsão de conclusão do processo em fevereiro de 2026.

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