James Gunn é corajoso, mas a esta vilã é depravada demais para o DCU

Tecnologia

O novo Universo Cinematográfico DC ( DCU, na sigla em inglês) está em construção, com James Gunn prometendo renovar as produções do multiverso decenauta sem medo de ousar. Veja bem, ele trouxe séries que ninguém pediu, como Pacificador e Comando das Criaturas, com pitadas exageradas de esculacho e cafonice a ponto de até cansar o mais devoto dos fãs. Mas há uma personagem tão sem-vergonha e cretina que o diretor criativo do DC Studios muito provavelmente nem pensaria em adaptar.

A insolente atende pelo nome Mighty Endowed, que pode ter chamada de algo como Poderosa Dotada, e apareceu pela primeira vez em Young Justice #1, em 1998, pelas mãos de Peter David e Todd Nauck

Antes, ela era apenas a arqueóloga Nina Dowd, uma pesquisadora normal e sem superpoderes. Até que um artefato ligado à tecnologia dos Novos Deuses resolveu transformar sua vida num tropeço editorial épico.


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Ao tocar o objeto, Nina foi envolta em um casulo de energia e emergiu “turbinada”: com poderes cósmicos, luzes hipnóticas e… um design de personagem que faria qualquer roteirista de hoje ser cancelado nas redes sociais. Sua habilidade? Hipnotizar inimigos com o brilho que emanava de seu peito.

Imagem: Reprodução/DC Comics

Os quadrinhos da época até tentavam “esconder” o absurdo, com páginas que nunca mostravam explicitamente o corpo da vilã, sempre com objetos, fumaça ou clarões posicionados de forma estratégica.

Ainda assim, a piada de mau gosto estava lá. A personagem tinha como principal ponto fraco o óbvio — vivia caindo, literalmente, por ser “top-heavy” (ou seja, “pesada na parte de cima”).

Não é exatamente o tipo de poder que você imagina sendo adaptado com dignidade para um filme ou série em 2025.

Paródia ou mau gosto?

O curioso é que Mighty Endowed não nasceu por acidente editorial: ela foi criada justamente como paródia das heroínas supersexualizadas dos quadrinhos, um exagero proposital para mostrar o quanto esse clichê podia ser ridículo. 

Nesse sentido, até que funcionava — era sátira pura, no mesmo espírito de personagens como o infame Braguilha, o vilão da Patrulha do Destino que lutava com… bom, o nome já entrega.

James Gunn já mostrou que adora cutucar a cultura pop com humor e crítica, então uma aparição rápida da Mighty Endowed, em tom de piada, até poderia acontecer. Seria o tipo de provocação perfeita para uma série como Pacificador.

Imagem: Reprodução/DC Comics

Mas pensar nela como vilã de destaque no DCU? Aí já é outra história. Em um momento em que Hollywood ainda lida com a representação feminina e tenta evitar cair em caricaturas sexistas, a personagem segue como relíquia dos anos 1990 — engraçada como curiosidade, problemática como adaptação.

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