
O ano de 2006 foi um momento de transição na indústria dos games. Estávamos nos despedindo da era de ouro do PlayStation 2 e GameCube para dar as boas-vindas à revolução de alta definição do Xbox 360 e PlayStation 3, além da mudança de paradigma trazida pelo Nintendo Wii e o avanço no realismo com jogos de PC.
- 10 jogos curtos perfeitos para zerar no fim do ano
- 8 jogos com as melhores trilhas sonoras lançados em 2025
Em 2026, comemoramos duas décadas de títulos que não apenas divertiram, mas mudaram a forma como jogamos. Foi o ano em que o cover shooter se tornou padrão, em que os jogos de mundo aberto nasceram de verdade e em que tocamos ainda mais guitarra de plástico na sala. Vamos celebrar as histórias, as mecânicas inovadoras e a diversão pura dos 10 jogos que completam 20 anos em 2026.
1. The Legend of Zelda: Twilight Princess
Essa é a resposta da Nintendo aos fãs que queriam um Zelda mais sombrio e maduro após o visual cartunesco de Wind Waker. Twilight Princess trouxe uma Hyrule melancólica, a habilidade de Link se transformar em lobo e Midna, companheira do herói. Lançado simultaneamente como a despedida do GameCube e título de estreia do Wii, ele entregou dungeons que até hoje estão entre as mais criativas da série para os fãs.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
2. The Elder Scrolls IV: Oblivion
Antes de Skyrim dominar o mundo com seus dragões, Oblivion abriu as portas de Cyrodiil. O jogo oferecia uma liberdade sem precedentes para a época: a inteligência artificial “Radiant AI” fazia os NPCs terem rotinas próprias (o que gerava situações hilárias e inesquecíveis). Foi o jogo que popularizou o RPG de mundo aberto ocidental nos consoles, com uma trilha sonora de Jeremy Soule que ainda arrepia qualquer um que já tenha fechado um Oblivion Gate. E 19 anos depois, o game ganhou um remake.
3. Gears of War
A Epic Games não criou o sistema de cobertura, mas Gears of War o aperfeiçoou de tal forma que ele se tornou obrigatório em jogos de ação por uma década. Com uma estética cinza e bruta, o icônico rifle com motosserra e o trailer ao som de “Mad World”, Marcus Fenix e o Delta Squad definiram a identidade do Xbox 360 e elevaram o modo cooperativo a um novo patamar de diversão.
4. Bully
Enquanto o mundo esperava o próximo GTA (GTA 4 na época), a Rockstar nos levou de volta para a escola. Bully trocou armas de fogo por estilingues e o crime organizado pelas intrigas do recreio na Bullworth Academy. Com um roteiro afiado e satírico, o jogo capturou a essência da adolescência rebelde, permitindo ao jogador assistir às aulas de química ou inglês (que eram minigames divertidos) e navegar pelos diferentes círculos sociais da escola.
5. Final Fantasy XII
Polêmico na época, visionário hoje. Final Fantasy XII abandonou os encontros aleatórios e o combate por turnos tradicional em favor de um sistema fluido e programável (os Gambits), que permitia codificar o comportamento dos seus aliados. Com uma trama política madura ambientada no vasto mundo de Ivalice, ele se distanciou dos romances adolescentes típicos da série para entregar uma ópera de guerra e traição que envelheceu como vinho.
6. Half-Life 2: Episode One
A Valve decidiu experimentar com o formato episódico para continuar a saga de Gordon Freeman sem a espera de uma sequência completa (mal sabíamos nós…). Episode One focou intensamente na relação com Alyx Vance, cuja inteligência artificial como companheira era revolucionária para a época. O jogo também introduziu os aterrorizantes “zumbis” e provou que a Source Engine ainda tinha muita lenha para queimar em termos de física e expressão facial.
7. Kingdom Hearts II
Se o primeiro jogo foi uma aposta estranha, o segundo foi a consagração. Kingdom Hearts II melhorou o combate em todos os aspectos, tornando-o mais rápido, cinematográfico e mais dinâmico. A jornada de Sora, Donald e Pateta, agora aprofundada pela trágica introdução de Roxas, entregou momentos emocionantes que consolidaram a franquia como um pilar do RPG de ação.
8. Guitar Hero II
Antes de os instrumentos de plástico acumularem poeira nos armários, Guitar Hero II foi o rei das festas. A Harmonix refinou a fórmula do original, entregando uma setlist lendária que ia de Guns N’ Roses a Avenged Sevenfold. O modo cooperativo permitia que um jogador tocasse o baixo ou a guitarra base, criando uma experiência social que definiu as reuniões de amigos em meados dos anos 2000.
9. Test Drive Unlimited
Muito antes de Forza Horizon existir, Test Drive Unlimited inventou o conceito de MOOR (Massively Open Online Racing). O jogo recriou a ilha de Oahu, no Havaí, em escala 1:1. Você podia dirigir por mais de 1600 km de estradas, comprar casas, visitar concessionárias e desafiar outros jogadores que cruzavam seu caminho aleatoriamente. A sensação de liberdade e o estilo de vida luxuoso que o jogo vendia eram incomparáveis em 2006.
10. Okami
Uma obra de arte em movimento. Lançado no fim do PS2 pela extinta Clover Studio, Okami nos colocou na pele da deusa do sol Amaterasu, na forma de uma loba branca. A mecânica do Pincel Celestial, aliada ao visual inspirado em pinturas de aquarela japonesa, criou uma aventura atemporal que exala carisma. É sempre lembrado como um dos melhores jogos daquela geração.
Há 20 anos, os jogadores ainda viram a chegada de Dead Rising, Hitman: Blood Money, Tomb Raider: Legend, Call of Duty 3, Need for Speed: Carbon, Mortal Kombat: Armageddon, franquias que persistem e vão bem até hoje, mas os games que escolhemos se destacam:
- The Legend of Zelda: Twilight Princess
- The Elder Scrolls IV: Oblivion
- Gears of War
- Bully
- Final Fantasy 12
- Half-Life 2: Episode One
- Kingdom Hearts 2
- Guitar Hero 2
- Test Drive Unlimited
- Okami
Veja mais do CTUP:
- Como é jogar no GeForce Now no Brasil?
- The Game Awards 2025: todos os jogos e trailers anunciados
- Review Arc Raiders | Um jogo em que a comunidade é realmente o foco
Leia a matéria no Canaltech.

