Kodak enfrenta crise com dívida de US$ 500 milhões e corre risco de fechar

Tecnologia

A Kodak, empresa centenária de fotografia, alertou seus investidores sobre o risco de que a companhia não sobreviva por muito tempo. De acordo com os resultados financeiros do último trimestre, a Kodak possui uma dívida de US$ 500 milhões em débito.

No relatório financeiro enviado nesta segunda-feira (11), a empresa afirmou que não tem liquidez suficiente para pagar a quantia na qual está em débito, e que as condições atuais “levantam dúvidas sobre a capacidade da companhia de continuar operando”.

Na tentativa de preservar o que ainda resta no caixa, a Kodak afirmou que interromperá o pagamento de seu plano de pensão de aposentadoria. No anúncio, a empresa informou também que as tarifas de Donald Trump não terão impacto financeiro significativo, já que grande parte da produção ocorre nos Estados Unidos. 


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O CEO da Kodak, Jim Continenza, afirmou no memorando de resultados que “no segundo trimestre [de 2025], a Kodak continuou progredindo no plano de longo prazo apesar de desafios de um ambiente de negócios incerto”.

Os resultados e afirmações da empresa não foram bem recebidos pelo mercado, e as ações da empresa de fotografias caíram mais de 25%, fechando a terça-feira com queda de quase 20%. 

Queda da centenária

A Kodak tem 133 anos de história. Fundada em 1892 por George Eastman, a Eastman Kodak Company começou com a comercialização de placas fotográficas secas.

A empresa foi responsável pela democratização da fotografia com o lançamento da câmera Kodak nº1, em 1888, que tinha um filme em rolo que simplificava a captura de imagens. 

Os anos dourados vieram por volta da década de 70, quando a Kodak controlava cerca de 90% do mercado de filmes nos EUA, e aproximadamente 85% do mercado de câmeras. 

A marca foi também responsável pela invenção da câmera digital pelo engenheiro Steven Sasson, em 1975. Porém, não apostou comercialmente na novidade e acabou perdendo espaço para concorrentes como Sony, Canon e Fuji nos anos 80 e 90.

Com a explosão das câmeras digitais e em seguida dos smartphones, a venda dos filmes da Kodak despencou. Em 2012, com dívidas próximas aos US$ 6,74 bilhões, a empresa declarou falência.

Desde então, colocou seus esforços no mercado B2B com filmes industriais, impressão comercial, químicos especiais e licenciamento de marcas. Até farmacêuticos e blockchain entraram na gama de negócios da Kodak. 

Agora, em 2025, a empresa ainda enfrenta problemas financeiros após reestruturação, e corre sérios riscos de não existir nos próximos anos.

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