Se Hideo Kojima é sinônimo de Metal Gear Solid, Koji Igarashi representa o verdadeiro nome que elevou a franquia Castlevania para a Konami. O verdadeiro pai do gênero metroidvânia, suas ideias estabeleceram elementos que são vistos até hoje dentro da categoria.
Porém, não é apenas nesta série de jogos que ele se aventurou ao longo da carreira. Na indústria gaming desde 1990, o programador se meteu em diversos projetos: de simulador de encontros até o shmup, ele conseguiu fazer da produtora o seu verdadeiro playground particular.
E celebrando a carreira de Koji Igarashi, o Canaltech listou os 10 melhores jogos feitos por Koji Igarashi. Será que você conhece ou até já jogou todos?
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10. Tokimeki Memorial
Para começar, vamos no projeto mais “bizarro” que Koji Igarashi já trabalhou. Ele foi o programador de Tokimeki Memorial, um simulador de encontros com jovens garotas — o primeiro de seu nome e o terceiro game da carreira do icônico desenvolvedor.
Muitos clamam que ele é um dos melhores do gênero nos anos 1990, reforçando que o título traz muitos eventos, minigames e carrega uma história muito divertida. Sua mecânica de “fofoca” (onde as garotas conversavam entre si para falar mal de você) foi muito elogiada e elevou os padrões naquela época.

9. Nano Breaker
Tentando surfar na onda de jogos frenéticos e violentos (Devil May Cry e God of War, por exemplo), Koji Igarashi deu vida a Nano Breaker: lançado no PS2 em 2005 e um dos seus projetos mais obscuros. Ainda que “melhor” não seja a forma mais adequada de definir a experiência, se aventurar em outros gêneros exige coragem.
Na história você está no controle de Jake, também chamado de “O Herói Genocida” (para você ver o nível da coisa toda). Ele tem o corpo revestido de metal feito de nanotecnologia, o que garante transformações insanas como os ombros criarem asas ou seu braço fazer nascer armas como espadas, machados e outros para enfrentar seus inimigos.

8. Castlevania Judgment
Falando em explorar outros gêneros, Koji Igarashi não se meteu apenas em simuladores e jogos de ação. Em Castlevania Judgment, ele reúne diversos heróis da franquia para fazer eles caírem na mais pura e simples pancadaria em uma experiência de luta.
Lançado em 2008 para o Nintendo Wii, ele mostra a versatilidade do programador dentro da Konami. Além disso, temos ícones como Alucard, Carmilla, Sypha Belnades, Trevor Belmont e diversos outros heróis e vilões famosos para sair no soco. Um clássico contemporâneo.

7. Bloodstained: Curse of the Moon 2
Após sair da Konami, Koji Igarashi se dedicou ao seu projeto de fazer um metroidvania ainda mais impactante do que Castlevania. E Bloodstained foi a sua menina dos olhos pelos últimos anos, com Curse of the Moon 2 se tornando uma das experiências mais aclamadas da sua carreira após a saída da produtora.
Além de oferecer gráficos pixelados que remetem justamente à época 8-bit da franquia, ele também traz um elenco carismático de personagens e um mapa cheio de desafios para ser explorado. Tanto o seu visual quanto o gameplay são aclamados e mostram que este é o gênero onde o seu trabalho é melhor visto.
6. Castlevania: Portrait of Ruin
Lançado em 2006 para o Nintendo DS, Castlevania: Portrait of Ruin foi um dos projetos que mais enalteceu as capacidades de Koji Igarashi à frente da franquia. No portátil, ele elevou os padrões que a franquia já tinha estabelecido e apresentou um novo patamar que os fãs tanto queriam.
Ele foi o primeiro jogo da franquia em um portátil que contou com um modo multiplayer, assim como introduziu na plataforma uma dublagem completa com vozes em inglês. Muitos elogiam a mistura do gameplay com a tela de toque, o que criou um verdadeiro carinho dos fãs pelo seu projeto.

5. Elder Gate
O RPG de turnos Elder Gate foi lançado apenas no Japão, mas foi um dos projetos que mais exploraram o potencial do PS1. Através dele, Koji Igarashi apresentou o primeiro jogo do gênero que era totalmente 3D — não apenas um cenário 2D com personagem tridimensional ou algo do gênero.
E o programador não estava sozinho neste projeto, já que foi acompanhado da compositora Michiru Yamane. Ela é conhecida por trazer a aclamada trilha sonora da franquia Castlevania e dos jogos Suikoden (ela também saiu da Konami, em meados do fim dos anos 2000).

4. Gradius II
Ainda que Gradius II original tenha sido lançado antes da chegada de Koji Igarashi à Konami, o programador trabalhou diretamente no port dele para o PC Engine.
Mesmo sem ter participado do projeto original, ele tratou de atrair e conquistar o público de formas diferentes — na forma da inclusão de uma fase extra para os fãs curtirem mais a experiência. Ela só chegou ao público ocidental em 2007, através do Wii Virtual Console.

3. Bloodstained: Ritual of the Night
Koji Igarashi pode ter saído da Konami e da franquia Castlevania, mas nenhum deles saiu de sua vida. Tanto que seu primeiro grande projeto foi Bloodstained: Ritual of the Night, um metroidvania sinistro e cheio de elementos macabros (algo que seus fãs conhecem bem até demais).
Da mesma forma como seus melhores jogos, você entra em um castelo para derrubar um grande mal escondido. Com uma trama complexa e vários power-ups espalhados pelo seu extenso mapa, a experiência foi abraçada pelo público e muitos consideram este o “grande retorno” do programador ao gênero.
2. Castlevania: Aria of Sorrow
Quem nunca confundiu Soma Cruz com Alucard que atire a primeira pedra. O segundo jogo da franquia para o Game Boy Advance, Castlevania: Aria of Sorrow traz um jovem de cabelo curto para explorar as masmorras e profundezas do tenebroso lar do Drácula.
Porém, se destacou de tudo o sistema Tactical Soul, que permitia ao herói absorver a alma de seus oponentes derrotados para usar as suas habilidades dentro do lugar. Isso foi chamado por muito tempo de um “Pokémon sombrio”, mas suas mecânicas eram únicas e trouxe um frescor muito esperado dentro da franquia.

1. Castlevania: Symphony of the Night
Por fim, mas não menos importante, temos a maior obra-prima de Koji Igarashi. Castlevania: Symphony of the Night é, de longe, uma das melhores experiências de toda a franquia e um dos projetos mais amados pelo público que acompanha as aventuras contra as forças do Drácula.
Na trama conhecemos Alucard (filho do vilão), que deseja botar um fim definitivo às investidas do pai. Ele percorre todo o mapa, se transforma, encara desafios grandiosos e tem de ver a sua vida virar de cabeça para baixo para acabar com os planos malignos da sua figura paterna. Este é um clássico que também, volta e meia, surge em listas dos melhores jogos de PS1.

A carreira de Koji Igarashi
E quem pensa que a carreira de Koji Igarashi parou por aí, está cometendo um grande engano. Ele continua imerso na indústria gaming e já prometeu um novo projeto para os próximos anos — Bloodstained: The Scarlet Engagement. A previsão de lançamento é de 2026.
Porém, entre os melhores jogos já feitos pelo programador até agora, nós temos:
- Castlevania: Symphony of the Night
- Castlevania: Aria of Sorrow
- Bloodstained: Ritual of the Night
- Gradius II
- Elder Gate
- Castlevania: Portrait of Ruin
- Bloodstained: Curse of the Moon 2
- Castlevania Judgment
- Nano Breaker
- Tokimeki Memorial
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