A Meta chegou a um acordo de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45 bi), segundo o Wall Street Journal, para resolver o processo sobre o escândalo da Cambridge Analytica, em que milhões de usuários do Facebook tiveram seus dados expostos.
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Nesta quinta-feira (17), o acordo foi anunciado em Delaware, nos Estados Unidos, no segundo dia de audiências sobre o caso. Até o momento, os detalhes da resolução ainda são confidenciais, e não houveram comentários da defesa. O juíz do caso parabenizou ambos os lados por chegarem em um acordo.
Com isso, tanto o CEO Mark Zuckerberg quanto o diretor Marc Andreessen, que eram as principais testemunhas, não precisaram depor.
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A ação judicial começou em 2018, após acionistas do Facebook processarem Zuckerberg e membros do conselho da companhia por não protegerem de forma efetiva os dados dos usuários da plataforma. Eles se referiam ao caso em que a Cambridge Analytica obteve acesso às informações de milhões de pessoas da rede social.
Além disso, o Facebook teve de pagar uma multa de US$ 5 bi em 2019 à Comissão Federal de Comércio (FTC) por não seguir um acordo de 2012 sobre proteção de dados de usuários.
Os acionistas queriam, com o processo, além do ressarcimento da multa pelos executivos da Meta, uma quantia significativa em compensações financeiras.
Caso Cambridge Analytica
O caso com a Cambridge Analytica veio à tona em 2018, quando foi revelado que a empresa britânica coletou ilegalmente os dados de mais 87 milhões de usuários do Facebook.
A partir de um aplicativo de quiz na plataforma, criado pelo pesquisador Aleksandr Kogan, aproximadamente 270 mil usuários compartilharam seus dados. Porém, uma brecha na API do Facebook permitiu a coleta dos dados dos amigos de quem baixou o app, aumentando exponencialmente o número de pessoas afetadas.
Kogan, então, repassou os dados para a Cambridge Analytica, que usou as informações para criar perfis psicológicos de eleitores e direcionar campanhas publicitárias altamente personalizadas.
De acordo com as investigações, esses dados foram utilizados em campanhas eleitorais como a de Donald Trump, em 2016 e no referendo do Brexit, sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.
A Cambridge Analytica veio à falência em 2018, logo depois do escândalo se tornar público.
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