A tendência das corridas no Brasil veio para ficar, segundo o líder de insights do Google Brasil, Maurício Martiniano, que revelou que 13 milhões de brasileiros praticam o esporte atualmente. Os dados foram apresentados durante a 4ª edição do Expo Magalu, evento do Magazine Luiza voltado a networking e tendências do varejo.
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Martiniano também destacou que 75% dos corredores amadores iniciaram o esporte ainda na pandemia e que a prática “chegou para ficar”. O líder do Google participou da mesa ao lado do educador físico e influenciador Marcio Atala e da CEO da Netshoes, Graciela Kumruian.
Para Atala, a popularização dos grupos de corrida está relacionada à busca por novas conexões e à consciência de que a atividade física é essencial para a saúde, principalmente se for acessível e prática.
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“Hoje, muita gente corre para se conectar com outras pessoas, para pertencer a um grupo. A atividade física aparece como uma grande salvação para a saúde da mente”, afirmou o educador físico.
A CEO da Netshoes ressaltou que essa tendência impacta diretamente as estratégias de varejo. De acordo com ela, os iniciantes costumam investir em itens básicos, como tênis e roupas, e, com a constância, passam a buscar produtos de alta performance que os ajudam a alcançar melhores resultados.
Os participantes da mesa reforçaram que a corrida deve se consolidar, principalmente pela necessidade das novas gerações de criar conexões e se afastar das telas, o que favorece a saúde física e mental.
O paradoxo entre saúde e prática
Outro ponto abordado foi o chamado “paradoxo do bem-estar”. Martiniano explicou que, embora grande parte dos brasileiros reconheça a importância da atividade física, apenas uma parcela reduzida consegue incluí-la na rotina, o que interfere diretamente na saúde mental.
“De um lado, as pessoas estão mais conscientes de que a saúde mental é fundamental para o equilíbrio emocional e físico. Mas, por outro lado, estão cada vez mais estressadas”, afirmou o líder do Google.
Nesse contexto, há um recorte geracional: Martiniano aponta que a geração Z é considerada a “geração saudável”, pois consome menos açúcar, pratica mais exercícios e tem maior consciência sobre cuidados mentais. No entanto, enfrenta insatisfação em relação à própria autorrealização, em contraste com os boomers, que, segundo pesquisas da big tech, apresentam maior realização profissional e familiar.
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