Nissan testa carros conectados que “conversam” para acabar com o trânsito

Tecnologia

A Nissan está testando seu novo sistema de Gestão Cooperativa de Congestionamento (ou “CCM”, na sigla em inglês). Desenvolvido em parceria com a Universidade da Califórnia e a Contra Costa Transportation Authority, o projeto traz uma proposta tecnológica e ousada para reduzir o trânsito: a ideia é apostar na “comunicação” entre veículos conectados.

Para entender melhor, considere que muito do trânsito nas grandes cidades se deve a um efeito dominó causado pelas freadas bruscas: um motorista freia repentinamente e, na sequência, os outros fazem o mesmo. O resultado? Uma reação em cadeia que se estende por dezenas de quilômetros. 

Segundo a montadora japonesa, o problema fica ainda pior pelo hábito que muitos motoristas têm de trafegarem perto demais uns dos outros. Assim, a Nissan se perguntou: e se houver uma forma de coordenar a velocidade de vários veículos conectados para que todos se movem em ritmo uniforme? É aí que entra o CCM


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Como funciona o sistema CCM

De acordo com a Nissan, a ideia é simples, mas eficaz. Em vez de cada carro reagir individualmente às freadas dos veículos à frente, o CCM coordena as velocidades para que todos sigam em ritmo mais uniforme. Para isso, um carro de teste coleta dados sobre o fluxo da via e os compartilha com outros veículos conectados a até 60 segundos de distância.

A tecnologia promete ajustar o ritmo dos carros, melhorando o fluxo e reduzindo o congestinamento (Szabolcs Antal/Unsplash)

Com esses dados, os carros podem ajustar a velocidade de forma mais suave e sem frenagens bruscas. Na prática, testes em uma rodovia na Califórnia tiveram resultado positivo: os carros com o software tiveram 85% menos freadas bruscas e tiveram diminuição de 70% no tempo parados no trânsito

Além disso, a tecnologia mostrou potencial para reduzir colisões traseiras, que são comuns no para-e-anda típico dos congestionamentos. Vale lembrar que, embora os números sejam promissores, a Nissan ressalta que o fator humano é essencial para que esta tecnologia tenha sucesso e traga benefícios. 

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