Nutróloga conta o que acontece se você come MUITA proteína — além do que precisa

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Muita gente fala sobre a importância da proteína na alimentação. Redes sociais, influenciadores fitness e até embalagens de produtos destacam o nutriente como essencial para ganhar músculos e ter mais energia. Mas será que todo esse consumo extra realmente faz bem? A nutricionista Margaret Murray, da Swinburne University of Technology, explicou em artigo para o The Conversation o que acontece quando você ultrapassa a quantidade de proteína que o corpo realmente precisa.

A recomendação diária de proteína é de 0,84 g por quilo de peso corporal para homens e 0,75 g por quilo para mulheres. Isso significa, por exemplo, 76 g por dia para um homem de 90 kg ou 53 g para uma mulher de 70 kg.

A maioria das pessoas já consome proteína em quantidade adequada. Para quem faz musculação e busca hipertrofia, valores de até 1,6 g por quilo de peso corporal podem trazer benefícios. Mas pesquisas mostram que mais do que isso não gera ganhos adicionais de massa muscular.


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O que acontece se você exagerar?

Murray alerta que o excesso de proteína não é simplesmente eliminado pela urina. O corpo transforma esse excesso em energia e, se não for usado, em gordura armazenada.

Nutróloga conta o que acontece se você come proteína além do que precisa (Imagem: CTRL – A Meal Replacement/Unsplash)

Além disso, pessoas com doença renal crônica precisam ter atenção redobrada, já que altas doses podem causar danos aos rins. Existe também a chamada intoxicação por proteína, que ocorre quando se consome quase só proteína, sem gorduras e carboidratos suficientes.

De onde vem sua proteína? Isso importa

Nem todas as fontes de proteína têm o mesmo efeito na saúde. De acordo com o artigo, proteínas de origem animal estão associadas a maior risco de doenças crônicas, como câncer e diabetes tipo 2, além de trazerem mais gordura saturada.

Já as fontes vegetais, como feijões, lentilhas e grãos integrais, oferecem proteína junto com fibras, que ajudam no funcionamento do intestino e na prevenção de doenças cardíacas.

A conclusão da especialista é que o ideal é equilibrar proteínas animais e vegetais, sem esquecer que carboidratos e gorduras também são essenciais. O corpo precisa de todos os macronutrientes, além de vitaminas e minerais, para funcionar bem.

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