Embora Bruce Wayne tenha feito uma jornada de muito treinamento e aprendizado de tudo quanto é coisa, ele passou bastante tempo fazendo cosplay de mendigo enquanto torrava sua poupança no sigilo em viagens para buracos inóspitos e artes marciais ensinadas por velhos psicopatas que nunca pegaram ninguém. Foi somente quando ele voltou para Gotham City que Batman decidiu comprar roupa decente e perfume original, mas, não foi com isso que ele gastou os primeiros milhões de sua carteira recheada.
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Bem, em vez de pagar uma terapia decente e aceitar que milhões de pessoas no mundo também se tornaram órfãos sem passar décadas batendo em bandido com roupa de morcego, Bruce Wayne ostentação liberou a primeira verba em algo que, na verdade, traz um sentido sentimental sobre seus pais e reforça uma de suas principais convicções.
Em Batman #150, publicada em 2024, a trama mostra que a primeira ação de Bruce Wayne como bilionário foi comprar e fechar a fabricante da arma que matou seus pais — a Sims Firearms. A trama abre com o alter-ego bon-vivant no antigo pátio corporativo da empresa.
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Ao descobrir que aquela era a mesma fábrica que produzia a arma utilizada por Joe Chill, o assassino dos seus pais, o jovem bilionário age rápido e adquire a companhia para fechar suas portas. Mas calma, Bruce é generoso, então evita a demissão em massa transferindo os trabalhadores a outros cargos na Wayne Enterprises.

E não para por aí. Bruce desmonta a fábrica “tijolo por tijolo”, uma metáfora forte sobre destruir as raízes da violência que ceifou sua família. A mensagem dessa atitude lembra o compromisso ético que ele estabeleceu ao desprezar armas de fogo depois que seus pais foram baleados.
Mais estofo para as origens de Batman
Apesar de a origem do Batman ser contada há mais de 85 anos, ela continua rendendo camadas novas e impactantes. Desde a introdução da médica Leslie Thompkins que ajudou Bruce a não pirar de vez, em 1976, os roteiristas vêm conseguindo enriquecer a história original em vez de apenas reinventá-la.

A compra da Sims Firearms reforça a eterna postura anti-armas do herói, forjada pela dor pessoal da perda de seus pais. Mesmo nos poucos momentos em que o personagem se afastou dessa regra, como em Final Crisis, o princípio permaneceu inabalável — menos nos filmes de Zack Snyder, que vandaliza os princípios básicos do herói ao mostrar Batman exterminando os bandidos com tiro, atropelamento e bomba.
A decisão de Bruce de fechar a fábrica vai além da vingança: é uma solução estrutural para evitar tragédias futuras. Nos quadrinhos Batman não elimina os criminosos, mas sempre que pode ele tenta mudar o sistema que favorece o aumento da violência — bom, pelo menos a dos bandidos, já que o Homem-Morcego curte uma pancadaria louca.
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