OpenAI libera vídeos maiores no Sora 2 — e storyboards mas só para as contas Pro

Tecnologia

A OpenAI anunciou rapidamente em um post no X que aumentou o tempo de clipes gerados pelo Sora 2 e reorganizou onde as suas melhores ferramentas de edição de vídeo estão. 

Agora, todos os usuários — pelo menos aqueles com acesso ao Sora 2, nos Estados Unidos e no Canadápodem gerar vídeos de até 15 segundos no aplicativo e no navegador, enquanto os usuários do Pro podem criar clipes ainda mais longos.

Sora 2 Pro

De acordo com o post da conta da OpenAI no X, vídeos criados por assinantes Pro no navegador podem chegar a 25 segundos. Eles também ganham uma opção de Storyboard no sora.com, em que é possível fazer edições nos clipes feitos por IA “frame por frame”.


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Todos os usuários do aplicativo e da versão web do Sora 2 chegam ao máximo em 15 segundos — o que já é melhor que os dez segundos iniciais —, sem acesso a storyboard.

Esses segundos extras podem transformar um prompt simples em uma cena mais completa, e não apenas em um flash com cara de slop de IA e destino de rede social. 

Com mais tempo de produção, criadores de conteúdo podem construir um enredo e criar uma história. Além disso, há espaço para trabalhar com movimentos de câmera e outras firulas de direção. Os storyboards ajudam a prever o resultado, antes de gastar créditos.

Dobrando a aposta

Com as duas novidades, o Sora 2 dobra a aposta de gerar vídeos melhores e mais detalhados. Crescem, também, as preocupações com o direito autoral no feed do aplicativo, alvo de críticas de Hollywood até o Japão. Quanto maior o tempo de vídeo, maior a probabilidade de o conteúdo incorporar — ainda que de forma não intencional — elementos estilísticos, visuais e narrativos de obras protegidas como filmes, animações e comerciais. 

Essa expansão de duração dos clipes de vídeo intensifica o debate sobre o uso de materiais de treinamento e a responsabilidade pelo conteúdo gerado, especialmente em produções que possam reproduzir personagens, cenários ou trilhas sonoras existentes. 

O desafio jurídico passa a ser distinguir o que é inspiração algorítmica legítima do que configura violação de propriedade intelectual, num cenário de autoria cada vez mais difusa.

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