Os 7 piores filmes de 2025: de Star Trek ao fracasso da Netflix

Tecnologia

Se 2025 foi um ano marcado por grandes retornos e sucessos de bilheteria, ele também reservou seu espaço para aquelas produções que preferíamos esquecer. No mundo do entretenimento, nem todo hype se traduz em qualidade, e este ano foi a prova cabal disso. Tivemos de tudo: blockbusters com orçamentos milionários que entregaram efeitos visuais duvidosos, sequências de franquias amadas que irritaram a base de fãs e “projetos de vaidade” de estrelas da música que não convenceram ninguém nas telas.

Para compor esta lista “inglória”, utilizamos dois critérios principais: a rejeição massiva por parte da crítica especializada (refletida nas notas baixas agregadas no Rotten Tomatoes) e a reação negativa do público nas redes sociais, que não perdoou roteiros fracos e execuções preguiçosas.

Piores filmes de 2025

Prepare a pipoca (ou talvez um remédio para dor de cabeça) e confira a lista dos filmes que deixaram a desejar em 2025:


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1. Guerra dos Mundos (War of the Worlds)

O clássico de H.G. Wells já teve diversas adaptações, mas a versão de 2025 conseguiu a proeza de transformar uma invasão alienígena em algo tão emocionante quanto uma reunião interminável no Zoom. O filme parece uma produção feita às pressas durante a pandemia que chegou atrasada ao mercado, com personagens passando a maior parte do tempo olhando para telas de computador e webcams.

Para piorar, a produção funciona quase como um comercial estendido da Amazon de quase uma hora e meia. O destino da humanidade acaba dependendo, ironicamente, da capacidade de entrega de um drone “Prime Air”. Com um CGI que parece ter sido abandonado no meio da renderização e um roteiro que serve apenas para fazer propaganda, este longa é, sem dúvidas, um dos pontos mais baixos do ano.

Cena do filme Guerra dos Mundos com uma reunião online entre os personagens
Guerra dos Mundos tem uma das piores notas da história no agregador Rotten Tomatoes (Imagem: Divulgação/Prime Video)
  • Direção: Rich Lee
  • Com: Ice Cube, Eva Longoria
  • Nota no Rotten Tomatoes: 4%

2. Star Trek: Seção 31

A franquia Star Trek é historicamente conhecida por seu otimismo, curiosidade intelectual e questões filosóficas profundas. Seção 31, no entanto, joga tudo isso pela janela em favor de uma tentativa desajeitada de copiar o estilo de Guardiões da Galáxia, mas com orçamento de televisão.

O filme foi duramente criticado por parecer não entender o que faz de Star Trek algo especial. Com diálogos sofríveis e uma ação confusa, a produção acredita que apenas mostrar naves e phasers é suficiente para agradar aos trekkies. O resultado é uma obra genérica de ficção científica que ofende o legado da série e se posiciona facilmente como o pior filme já feito dentro deste universo.

Cartaz do Filme Star Trek Section 31 com Michele Yeoh
Seção 31 não conquistou os trekkies (Imagem: Divulgação/Paramount+)
  • Direção: Olatunde Osunsanmi
  • Com: Michelle Yeoh, Omari Hardwick, Kacey Rohl
  • Nota no Rotten Tomatoes: 24%

3. The Electric State

Quando a Netflix anunciou um orçamento astronômico de cerca de US$ 320 milhões e a direção dos Irmãos Russo (Vingadores: Ultimato), a expectativa era alta. O material base — as pinturas retrofuturistas incríveis de Simon Stålenhag — pedia um tratamento visual cuidadoso. O que recebemos, contudo, foi uma “geleia” de CGI sem alma.

O filme dilui a atmosfera solitária e misteriosa da obra original em favor de uma trama de aventura genérica, repleta de robôs com vozes irritantes e frases de efeito. Chris Pratt entrega mais uma atuação no piloto automático, e nem o elenco estelar de apoio consegue salvar o roteiro. Visualmente, o filme é considerado plano e sem vida, provando que dinheiro não compra estilo artístico. Foi um dos investimentos mais caros e menos rentáveis criativamente da plataforma no ano.

Cena do filme The Electric State com Chris Pratt
Um dos filmes mais caros da Netflix foi também um dos maiores fracassos de crítica da plataforma (Imagem: Divulgação/Netflix)
  • Direção: Anthony Russo e Joe Russo
  • Com: Millie Bobby Brown, Chris Pratt, Ke Huy Quan, Stanley Tucci
  • Nota no Rotten Tomatoes: 14%

4. Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes

Se o álbum homônimo de The Weeknd foi bem recebido, sua incursão cinematográfica foi um desastre de proporções épicas. O filme é descrito como um projeto de vaidade pretensioso, onde o cantor (creditado como Abel Tesfaye) interpreta uma versão levemente ficcionalizada de si mesmo em meio a um colapso nervoso.

O longa desperdiça o talento do diretor Trey Edward Shults (de As Ondas) e de atores incríveis como Barry Keoghan e Jenna Ortega em uma trama que se resume a choro em frente ao espelho e um psicodrama de estrela pop que soa falso e exaustivo. A crítica foi impiedosa, rotulando a produção como vazia e narcisista, uma tentativa falha de criar um thriller psicológico que acaba sendo apenas entediante.

The Weeknd em Hurry Up Tomorrow
Nem os fãs de The Weeknd aguentaram essa ego-trip (Imagem: Divulgação/Lionsgate)
  • Direção: Trey Edward Shults
  • Com: The Weeknd (Abel Tesfaye), Jenna Ortega, Barry Keoghan
  • Nota no Rotten Tomatoes: 14%

5. Five Nights at Freddy’s 2

O primeiro filme foi um sucesso de bilheteria apesar das críticas, o que garantiu esta sequência. O problema é que FNAF 2 consegue entregar ainda menos conteúdo. A trama tenta explicar a origem da pizzaria e seus animatrônicos, mas se perde em uma mitologia convulsa que deixa os fantasmas e o terror em segundo plano.

Para quem não é fã hardcore dos jogos, o filme é um “slasher” sem sangue, sem sustos e sem tensão. A produção parece satisfeita em apenas exibir os robôs gigantes na tela como se fossem carros alegóricos, esquecendo-se de criar uma narrativa coesa ou assustadora. É uma experiência cansativa que serve apenas para preparar terreno para um inevitável (e temido) terceiro capítulo.

  • Direção: Emma Tammi
  • Com: Josh Hutcherson, Elizabeth Lail, Matthew Lillard
  • Nota no Rotten Tomatoes: 16%

6. Duro de Casar (Bride Hard)

A premissa tenta vender uma mistura de Missão Madrinha de Casamento com Duro de Matar, mas falha em ambos os gêneros. Rebel Wilson interpreta uma agente secreta que precisa salvar o casamento de sua melhor amiga de mercenários, tudo isso vestindo um vestido de festa e saltos altos.

O filme sofre de um roteiro preguiçoso onde a protagonista é invencível demais para gerar qualquer suspense e as piadas raramente aterrissam. Nem mesmo a reunião de Wilson com Anna Camp (sua colega de A Escolha Perfeita) salva a produção de ser repetitiva e visualmente barata. É uma comédia de ação genérica que você sente que já assistiu mil vezes, e todas elas foram melhores do que essa.

  • Direção: Simon West
  • Com: Rebel Wilson, Anna Camp, Justin Hartley
  • Nota no Rotten Tomatoes: 14%

7. Um Dia Fora de Controle (Playdate)

Kevin James mantém seu histórico de filmes massacrados pela crítica com esta comédia de ação. A trama une James a Alan Ritchson (Reacher) como dois pais que ficam em casa cuidando dos filhos, mas acabam perseguidos por assassinos profissionais.

A química entre a dupla é estranha e o filme se apoia em um humor datado e machista, misturado com sequências de ação caóticas e sem brilho. Descrito como “estúpido” pela crítica especializada, o longa é uma produção direta para o streaming que desperdiça o carisma de Ritchson e reafirma a dificuldade de Kevin James em encontrar bons roteiros fora de suas sitcoms.

  • Direção: Luke Greenfield
  • Com: Kevin James, Alan Ritchson
  • Nota no Rotten Tomatoes: 23%

Fracassos do ano

A lista de filmes que decepcionaram a crítica e o público em 2025 contém:

  1. Guerra dos Mundos
  2. Star Trek: Seção 31
  3. The Electric State
  4. Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes
  5. Five Nights at Freddy’s 2
  6. Duro de Casar
  7. Um Dia Fora de Controle

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