Os cientistas fizeram as contas de quantos bebês FIV já nasceram em todo o mundo

Tecnologia

Um estudo da Universidade de Nova Gales do Sul revelou, em uma estimativa feita com a ajuda de muita estatística, a quantidade de bebês nascidos graças à fertilização in vitro (FIV) por todo o mundo, chegando a uma cifra de mais de 13 milhões de pessoas. O primeiro “bebê de proveta” nasceu em 1978, e, desde então, a tecnologia de reprodução assistida ganhou atualizações e ajudou milhões de crianças a virem a o mundo.

Atualmente, estima-se que um bebê feito com a tecnologia nasça a cada 35 segundos, com o método mais comum sendo o de fertilização de um óvulo com espermatozoides dentro de um tubo de ensaio. Os pesquisadores, no estudo publicado na revista científica Fertility and Sterility, analisaram dados de 101 países diferentes para chegar à cifra de milhões.

Bebês in vitro no mundo

Até 2018, os cálculos da pesquisa estimam entre 9,4 e 12,4 milhões de bebês nascidos com reprodução assistida, e dados preliminares entre 2018 e 2023 adicionam mais 3 a 4 milhões ao número. Todo ano, a equipe estima quantos bebês nasceram nos 12 meses anteriores, mas esta é a primeira vez que os dados dos anos anteriores são calculados.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

A tecnologia da fertilização in vitro tem melhorado nos últimos anos, ficando mais segura e bem-sucedida (Imagem: ZEISS Microscopy/CC-BY-2.0)
A tecnologia da fertilização in vitro tem melhorado nos últimos anos, ficando mais segura e bem-sucedida (Imagem: ZEISS Microscopy/CC-BY-2.0)

Apesar das estimativas não serem perfeitas, segundo os cientistas, elas são aproximações bastante razoáveis e plausíveis, tendo como base os melhores dados da literatura científica. Em 1980, a Austrália se tornou o primeiro país a registrar os nascimentos via fertilização in vitro, com várias outras nações seguindo.

Muitos países, no entanto, como Cingapura, ainda não mantêm tais dados ou possuem dados desatualizados, como a China. Outros não compartilham as informações com o Comitê Internacional de Tecnologias Reprodutivas Assistidas (ICMART), como os Estados Unidos e a Índia.

Para preencher as lacunas, os cientistas levantaram o número de clínicas em cada país e calcularam a quantidade de nascimentos com reprodução assistida em cada uma, levando em conta também as taxas de aborto espontâneo onde apenas gravidez por FIV eram reportadas. Nos 40 anos da tecnologia, a Europa liderou a quantidade de nascimentos, ficando entre 3,6 e 4,5 milhões, seguida da Ásia, entre 3 e 4 milhões, e América do Norte, entre 1,4 e 1,6 milhões.

Veja mais:

VÍDEO | Edição de embriões permitida no Reino Unido [Inovação ²]

Leia a matéria no Canaltech.