Uma empresa parceira do PayPal criou, acidentalmente, US$ 300 trilhões em criptomoedas nesta quarta-feira (16). O valor é equivalente a quase três vezes o Produto Interno Bruto mundial de 2024, estimado em US$ 111 trilhões pelo Banco Mundial.
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A Paxos, companhia responsável pelo acidente, é parceira de blockchain do PayPal, que é a tecnologia que sustenta as criptomoedas.
Alguns observadores do mercado detectaram a criação massiva da stablecoin PayPal PYUSD através do Etherscan, uma plataforma de análise para a blockchain Ethereum. Pouco depois, a Paxos confirmou o incidente em um comunicado nas redes sociais.
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As stablecoins são criptomoedas atreladas a ativos estáveis, como o dólar, por isso tendem a variar menos que outras criptos mais voláteis.
A empresa explicou que criou as stablecoins por engano, durante um processo de transferência interna. “Identificamos imediatamente o erro e queimamos o excesso de PYUSD”, afirmou a Paxos.
O problema foi corrigido em aproximadamente 20 minutos, segundo registros do Etherscan.
Falha expõe funcionamento das stablecoins
A Paxos garantiu que não houve violação de segurança e que os fundos de seus clientes estão seguros. A empresa afirmou também que já tratou a causa raiz do problema.
A PYUSD é anunciada como uma stablecoin atrelada ao dólar, e é totalmente lastreada por depósitos em dólares americanos, títulos do Tesouro dos Estados Unidos e equivalentes de caixa similares. O PayPal garante que os tokens da moeda são sempre resgatáveis por dólares americanos, na proporção um para um.
Mas, o erro técnico de hoje mostrou que a paridade com o dólar é garantida diretamente pelo PayPal e por seus relatórios de auditoria independentes, e não que é algo intrínseco da stablecoin.
O incidente da Paxos acontece em meio a um momento em que as stablecoins estão se tornando mais populares, com adoção crescente por bancos e plataformas de pagamento.
O PYUSD é atualmente a sexta maior stablecoin do mundo, com capitalização de mercado superior a US$ 2,6 bilhões, seguno dados da CoinMarketCap.
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