A NVIDIA e Intel anunciaram uma parceria inédita na indústria recentemente. Ambas as gigantes estão trabalhando para benefício mútuo. De um lado, o Time Azul faz CPUs x86 para a NVIDIA, já o Time Verde entra com suas GPUs RTX nos processadores Intel Core. Apesar de a novidade ser empolgante, ela deve demorar pelo menos dois anos para acontecer, segundo fontes do PCWorld.
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A visão por trás da colaboração é ambiciosa. Segundo o CEO da NVIDIA, Jensen Huang, o objetivo é criar um “SOC virtual gigante” que funde uma CPU Intel com uma GPU NVIDIA RTX. A conexão entre os dois chips seria feita através da interface de alta velocidade NVLink, criando uma “nova classe de notebooks com gráficos integrados que o mundo nunca viu antes”.
A Intel, por sua vez, afirmou que o acordo não altera seu roadmap de produtos, mas adicionará “opções premium” ao seu portfólio.
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Indústria não acredita muito no fruto da parceria
Apesar do otimismo, fontes de empresas concorrentes expressaram ceticismo, apontando para o histórico de “tropeços de engenharia” da Intel, como o desempenho inicial dos Arrow Lake para desktops e os problemas com suas CPUs Raptor Lake. Há também uma desconfiança sobre a real motivação da NVIDIA em criar um chip integrado tão poderoso, quando sua linha de GPUs dedicadas já é uma alternativa de sucesso.

O analista Dean McCarron, da Mercury Research, relembra a parceria anterior da Intel com a AMD no projeto “Kaby Lake G” em 2017, que resultou em um produto com pouca adoção e que foi descontinuado rapidamente.
Com base nessas complexidades, o analista estima que um produto fruto da parceria, se utilizasse uma interface padrão como o PCI Express, poderia chegar por volta da primavera de 2027.
A expectativa é que esses novos chips sejam posicionados como uma solução premium, integrados a futuros processadores topo de linha para notebooks, como os Core Ultra 7 e Core Ultra 9, utilizando como base arquiteturas como Panther Lake ou Nova Lake.
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