Eu sou obcecado por ler em um Kindle desde que comprei o meu primeiro e-reader, em 2019. E, com a chegada do Kindle Colorsoft com tela colorida, a minha percepção sobre esses aparelhos ganhou uma nova dimensão. Considerando os acertos e defeitos do novo aparelho da Amazon, resolvi explicar porque o Colorsoft é ótimo até para quem não lê quadrinhos e revistas.
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Para entender a minha visão, é importante você saber que, antes de 2019, eu era daquele tipo de leitor que achava melhor ler em um livro físico, sentir o cheiro do papel e visitar livrarias (aliás, saudades Cultura).
Mas, quando adquiri o primeiro — um Paperwhite de 2018 — eu fiquei impressionado pelo conforto de leitura e pela experiência bem parecida com ler em um papel de verdade. Desde então, só leio nos Kindle, mas compro também as versões físicas das obras que eu mais gosto.
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E, desde que comecei a ler no Kindle, nunca acompanhei a “trend” das pessoas que clamavam por um leitor da Amazon com tela colorida. Afinal, eu nunca li ou me interessei por quadrinhos, HQ’s, etc.

Então, maior foi minha surpresa ao pegar o Kindle Colorsoft pela primeira vez e me apaixonar pelo dispositivo.
Não me entenda mal: como aficionado, eu estava ansioso para testá-lo e “ver qual era a dele”. Meus colegas de trabalho podem atestar minha empolgação quando o Colorsoft chegou aqui.
Mas, apesar da animação, o ceticismo ainda me dominava: será que para alguém que não lê quadrinhos, esse tipo de dispositivo faz sentido? Nas próximas linhas, falo para quem o Kindle Colorsoft foi pensado, porque gostei tanto dele e se faz sentido trocar o Paperwhite por ele.
Kindle Colorsoft “não foi feito para ler em preto e branco”
O que mais me surpreende é que o Kindle Colorsoft, de fato, não foi feito para quem não lê quadrinhos. E a própria Amazon, em sua página oficial, destaca que o Kindle Paperwhite ainda é o melhor e-reader para quem vai ler livros em preto e branco.
Isso porque a tela, apesar de ser e-ink, é um pouco diferente em textura. Ela não passa a mesma sensação de “papel” que o Paperwhite — ou até mesmo o modelo básico do Kindle. Ainda assim, ela oferece mais conforto para leituras do que um tablet ou celular comum, por exemplo, graças ao display de “papel digital”.

E eu mesmo tive essa percepção ao usar o Colorsoft pela primeira vez: a tela é boa, mas não é tão boa para preto e branco quanto as telas com as quais estamos acostumados nos outros Kindles. E então, por que eu gostei?
Afinal, o que chamou minha atenção no Kindle Colorsoft?
Mesmo não sendo um leitor de HQs — ou sequer ler revistas ou outros conteúdos que precisem de uma tela colorida — eu gostei bastante da exibição geral da tela do Colorsoft.
Entendo que ela é bem diferente do Paperwhite e perde um pouco a sensação de “papel” dos e-readers comuns. Ainda assim, a exibição é boa, e a leitura é confortável.
A organização da biblioteca também me pareceu mais agradável. As cores ajudam a identificar os títulos de forma mais natural.
As capas, além de ganharem cores, agora também parecem mais nítidas. Dependendo do livro, no Paperwhite, elas ficam um pouco “escuras” quando o leitor está com a tela apagada.
A anotação em livros também ficou melhor, com a possibilidade de fazer destaques em cores. Isso ajuda a separar algumas anotações e identificá-las melhor nas páginas.
Vou trocar o Kindle Paperwhite pelo Colorsoft?
Apesar de eu ter gostado bastante do Kindle Colorsoft — e o fator “gadget novo” pesar bastante — a troca do Paperwhite pelo Colorsoft por quem não lê quadrinhos não faz sentido.
A organização da biblioteca por coleções que chegou nas últimas atualizações do Kindle e os destaques em preto e branco já me atendem perfeitamente no dia-a-dia. E, para quem lê apenas em preto e branco, já é o suficiente.
A leitura assim, no geral, segue mais agradável no Paperwhite, e o fato de o aparelho ainda ter uma bateria que dura mais dias são pontos positivos para ele.

Mas, se você ainda não tem um Kindle e pensa em comprar um ou outro, o Colorsoft pode fazer bastante sentido para você começar — especialmente se quer aproveitar as vantagens das cores no display e-ink.
Só é importante destacar que a diferença de preço é muito grande e pode ser um fator decisivo na hora da compra. O Paperwhite da geração atual custa R$ 949 para modelo base e R$ 1.199 para o Signature Edition. Já o Colorsoft vai de $ 1.499 a R$ 1.649 para as mesmas versões.
O Kindle Signature Edition, seja Paperwhite ou Colorsoft, se difere do modelo comum por oferecer mais armazenamento — ideal para quem aproveita o recurso de audiobooks — e também possui carregamento sem fio.
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