Por que gostei tanto do Kindle Colorsoft mesmo não lendo quadrinhos

Tecnologia

Eu sou obcecado por ler em um Kindle desde que comprei o meu primeiro e-reader, em 2019. E, com a chegada do Kindle Colorsoft com tela colorida, a minha percepção sobre esses aparelhos ganhou uma nova dimensão. Considerando os acertos e defeitos do novo aparelho da Amazon, resolvi explicar porque o Colorsoft é ótimo até para quem não lê quadrinhos e revistas.

Para entender a minha visão, é importante você saber que, antes de 2019, eu era daquele tipo de leitor que achava melhor ler em um livro físico, sentir o cheiro do papel e visitar livrarias (aliás, saudades Cultura). 

Mas, quando adquiri o primeiro — um Paperwhite de 2018 — eu fiquei impressionado pelo conforto de leitura e pela experiência bem parecida com ler em um papel de verdade. Desde então, só leio nos Kindle, mas compro também as versões físicas das obras que eu mais gosto. 


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E, desde que comecei a ler no Kindle, nunca acompanhei a “trend” das pessoas que clamavam por um leitor da Amazon com tela colorida. Afinal, eu nunca li ou me interessei por quadrinhos, HQ’s, etc. 

Kindle Colorsoft chegou para mudar minha percepção com leitores de tela colorida (Imagem:  Gabriel Furlan Batista/Canaltech)

Então, maior foi minha surpresa ao pegar o Kindle Colorsoft pela primeira vez e me apaixonar pelo dispositivo. 

Não me entenda mal: como aficionado, eu estava ansioso para testá-lo e “ver qual era a dele”. Meus colegas de trabalho podem atestar minha empolgação quando o Colorsoft chegou aqui. 

Mas, apesar da animação, o ceticismo ainda me dominava: será que para alguém que não lê quadrinhos, esse tipo de dispositivo faz sentido? Nas próximas linhas, falo para quem o Kindle Colorsoft foi pensado, porque gostei tanto dele e se faz sentido trocar o Paperwhite por ele. 

Kindle Colorsoft “não foi feito para ler em preto e branco”

O que mais me surpreende é que o Kindle Colorsoft, de fato, não foi feito para quem não lê quadrinhos. E a própria Amazon, em sua página oficial, destaca que o Kindle Paperwhite ainda é o melhor e-reader para quem vai ler livros em preto e branco. 

Isso porque a tela, apesar de ser e-ink, é um pouco diferente em textura. Ela não passa a mesma sensação de “papel” que o Paperwhite — ou até mesmo o modelo básico do Kindle. Ainda assim, ela oferece mais conforto para leituras do que um tablet ou celular comum, por exemplo, graças ao display de “papel digital”.

Kindle Paperwhite ainda é o mais indicado para ler em preto e branco (Imagem: Gabriel Furlan Batista/Canaltech)

E eu mesmo tive essa percepção ao usar o Colorsoft pela primeira vez: a tela é boa, mas não é tão boa para preto e branco quanto as telas com as quais estamos acostumados nos outros Kindles. E então, por que eu gostei? 

Afinal, o que chamou minha atenção no Kindle Colorsoft? 

Mesmo não sendo um leitor de HQs — ou sequer ler revistas ou outros conteúdos que precisem de uma tela colorida — eu gostei bastante da exibição geral da tela do Colorsoft. 

Entendo que ela é bem diferente do Paperwhite e perde um pouco a sensação de “papel” dos e-readers comuns. Ainda assim, a exibição é boa, e a leitura é confortável. 

A organização da biblioteca também me pareceu mais agradável. As cores ajudam a identificar os títulos de forma mais natural. 

As capas, além de ganharem cores, agora também parecem mais nítidas. Dependendo do livro, no Paperwhite, elas ficam um pouco “escuras” quando o leitor está com a tela apagada. 

A anotação em livros também ficou melhor, com a possibilidade de fazer destaques em cores. Isso ajuda a separar algumas anotações e identificá-las melhor nas páginas. 

Vou trocar o Kindle Paperwhite pelo Colorsoft? 

Apesar de eu ter gostado bastante do Kindle Colorsoft — e o fator “gadget novo” pesar bastante — a troca do Paperwhite pelo Colorsoft por quem não lê quadrinhos não faz sentido. 

A organização da biblioteca por coleções que chegou nas últimas atualizações do Kindle e os destaques em preto e branco já me atendem perfeitamente no dia-a-dia. E, para quem lê apenas em preto e branco, já é o suficiente. 

A leitura assim, no geral, segue mais agradável no Paperwhite, e o fato de o aparelho ainda ter uma bateria que dura mais dias são pontos positivos para ele. 

Organização da biblioteca fica mais intuitiva em uma tela colorida (Imagem: Gabriel Furlan Batista/Canaltech)

Mas, se você ainda não tem um Kindle e pensa em comprar um ou outro, o Colorsoft pode fazer bastante sentido para você começar — especialmente se quer aproveitar as vantagens das cores no display e-ink. 

Só é importante destacar que a diferença de preço é muito grande e pode ser um fator decisivo na hora da compra. O Paperwhite da geração atual custa R$ 949 para modelo base e R$ 1.199 para o Signature Edition. Já o Colorsoft vai de $ 1.499 a R$ 1.649 para as mesmas versões. 

O Kindle Signature Edition, seja Paperwhite ou Colorsoft, se difere do modelo comum por oferecer mais armazenamento — ideal para quem aproveita o recurso de audiobooks — e também possui carregamento sem fio. 

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