Por que o ChatGPT 5 decepcionou tanto? Veja 5 motivos

Tecnologia

O modelo GPT-5 do ChatGPT foi um dos lançamentos mais aguardados do mundo da IA generativa. No entanto, a novidade da OpenAI não agradou como o esperado, rendeu críticas da comunidade e fez com que a empresa mudasse os planos originais em poucos dias após o anúncio.

A seguir, o Canaltech elege alguns motivos por trás de tanta insatisfação com o novo “motor” do ChatGPT:

Por que o GPT-5 decepcionou no lançamento?

As explicações são:


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  1. Sem AGI
  2. Confusão nos modelos
  3. Desempenho ruim
  4. Poucas mudanças expressivas
  5. Vai e volta entre anúncios

1. Sem AGI

A Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês) é o grande objetivo da OpenAI — o CEO, Sam Altman, sempre defendeu a criação de uma IA capaz de raciocinar no mesmo nível ou até melhor do que os humanos. 

O conceito de AGI ainda é uma ideia distante, mas a expectativa era de que o novo LLM da empresa pudesse trazer um gostinho dessa nova era. No entanto, o que aconteceu foi uma atualização mais simples, com apenas alguns avanços de performance em relação aos antecessores.

2. Confusão nos modelos

Uma das grandes propostas do GPT-5 foi eliminar a necessidade escolher entre um modelo rápido e outro de “raciocínio”: no lugar disso, a OpenAI decidiu seguir com uma única opção que analisaria o poder computacional usado para responder cada prompt, gerenciado por um seletor próprio da empresa.

O problema é que muita gente reclamou da inconsistência desse processo, em que prompts complexos eram direcionados para respostas mais simples. Dias depois, a empresa dividiu a IA entre as opções “Fast”, “Thinking” e “Auto” para direcionar os prompts.

GPT-5 prometeu muito, mas primeiras horas após o anúncio foram conturbadas (Imagem: Bruno De Blasi/Canaltech)

3. Desempenho ruim

Além da polêmica com a divisão dos modelos, o GPT-5 apresentou desempenho ruim nas primeiras horas. O roteador (ou autoswitcher) passou por problemas nas primeiras horas e parou de funcionar, o que levou Sam Altman a falar que o LLM “ficou mais burro”.

A ideia no lançamento era remover o acesso a modelos antigos, como o GPT-4o, mas a empresa teve que voltar atrás para garantir um desempenho estável.

4. Poucas mudanças expressivas

O GPT-5 teve desempenho superior à concorrência nos testes de benchmark, mas não trouxe muita coisa além de ajustes específicos. Isso desapontou um pouco a comunidade, que esperava um salto maior entre gerações.

Para efeito de comparação, o GPT-4 inovou ao levar conteúdo da web para o ChatGPT, enquanto o modelo GPT-4o trouxe suporte multimodal para prompts com imagens e áudios. Ser mais inteligente importa, mas o lançamento não foi além disso com as novidades.

5. Vai e volta entre anúncios

“Inconsistência” é uma palavra que pode definir a repercussão do GPT-5. No momento do anúncio, a empresa garantiu o fim do suporte a modelos antigos e a concentração dos LLMs numa coisa só.

A promessa durou pouco tempo, visto que a OpenAI liberou o GPT-4o de volta e adicionou um modo de raciocínio para o modelo mais recente.

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