
A indústria de IA continua tornando difícil o mercado de memórias RAM. A gigantesca demanda por DRAM, principalmente pelos data centers que oferecem serviços na nuvem nos EUA e China, está encarecendo esse componente e tornando a disponibilidade cada vez mais escassa. Segundo um novo levantamento do DigiTimes, as empresas estão recebendo 70% das encomendas que elas têm feito desse componente.
A tecnologia de memória afetada especificamente é a RDIMM DDR5, voltada para servidores. A Samsung e Sk hynix, as duas maiores fabricantes, aumentaram os preços dos contratos de forma retroativa em 50% nesse último trimestre do ano, 20% acima do valor vigente até então. Mesmo mais caro, quem assinou o contrato não está recebendo o que foi acordado.
Prioridade por servidores prejudica marcas menores
As memórias HBM são a prioridade para os data centers, já que as GPUs aceleradoras de IA são equipadas com essa tecnologia. Porém os servidores para IA não contam somente com esse componente, eles também precisam do restante das peças, entre elas, RDIMM.
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Existe uma priorização pelas gigantes, e isso sufoca o resto do mercado. Distribuidores e OEMs menores estão enfrentando uma taxa de preenchimento de pedidos de apenas 35% a 40%. Isso força essas empresas a escolherem entre paralisar suas linhas de produção ou arriscar na compra do que sobra, na hora, por preços inflacionados.
O resultado é um aumento de preço que apaga completamente as margens de lucro das marcas. Segundo os relatórios, chips de 16 GB DDR5 que custavam US$ 7 há apenas seis semanas, agora são negociados por US$ 13. E nem mesmo quem procura por memórias DDR4 está seguro.
Como as fabricantes não querem mais alocar wafers para a tecnologia antiga, a produção de DDR4 já caiu para apenas 20% do total global. Isso está causando longos atrasos para outros produtos, como roteadores e switches, que ainda dependem desses chips.
A previsão de analistas não é nada boa: a escassez de DRAM deve durar além do ciclo de construção dos data centers de 2026. Isso significa que somente uma queda na demanda resolveria a situação, algo que não deve acontecer tão cedo.
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