Programa Carro Sustentável “atrasou” fenômeno Tera; entenda

Tecnologia

O Volkswagen Tera não conseguiu entrar entre os 10 carros ou SUVs mais vendidos do Brasil em julho de 2025, embora tenha mostrado todo seu potencial de novo “fenômeno” do mercado nacional, ao receber 12 mil encomendas durante os 50 minutos da pré-venda, no início de junho.

A explicação para as encomendas não terem se transformado em vendas efetivas e o “herdeiro do Gol” ter emplacado apenas 3.244 unidades em julho e outras 2.55 em junho, porém, é curiosa: o lançamento do programa Carro Sustentável. Não entendeu? O CT Auto explica.

A iniciativa do Governo Federal, que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros mais acessíveis e menos poluentes, tornou um dos “irmãos” do Tera ainda mais atraente para o consumidor: o Volkswagen Polo 1.0.


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O hatch, que lidera a tabela dos carros mais vendidos do país, teve um aumento de quase 10% nas vendas após o primeiro mês do programa, passando de 11.492 unidades para quase 13 mil emplacamentos. Por tabela, acabou “roubando” possíveis clientes do Tera.

Volkswagen priorizou produção do Polo por conta da demanda, e Tera não chegou ao top 10 (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

Polo e Tera “racham” produção

Em entrevista para a Quatro Rodas, Ciro Possobom, CEO da Volkswagen no Brasil, confirmou que o “fenômeno Tera” acabou perdendo força nos emplacamentos por conta do crescimento nas vendas do Polo, já que ambos compartilham a produção na fábrica localizada em Taubaté (SP).

O executivo reforçou, porém, que o SUV de entrada da marca “continua recebendo muitos pedidos” e que “houve um aumento de 50% de frequência nas concessionárias” com pessoas interessadas em comprar o novo carro da Volkswagen.

Possobom assegurou que todas as unidades encomendadas do Tera serão entregues assim que possível e que, “em breve”, o SUV estará entre os carros mais vendidos do Brasil. A “preferênciapelo Polo, porém, foi estratégica, e foi feita para, de acordo com o CEO da Volkswagen, “atender a uma demanda do próprio mercado”.

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