Projeto de substituição do Google Assistente sofre atraso

Tecnologia
Resumo
  • Google adiou para 2026 a substituição definitiva do Google Assistente pelo Gemini em dispositivos Android.
  • A substituição já ocorre em alguns dispositivos, como a linha Pixel 9 e o Galaxy S25 Ultra.
  • Para funcionar, a empresa afirma que o aparelho deve rodar, no mínimo, o Android 10 e conter 2 GB de RAM ou superior.

O Google confirmou nesse sábado (20/12) que o processo de substituição definitiva do Google Assistente pelo Gemini em dispositivos Android levará mais tempo do que o planejado inicialmente. A empresa, que tinha a meta de tornar a nova inteligência artificial o assistente padrão na maioria dos celulares até o final de 2025, estendeu o cronograma de transição para o ano de 2026.

Em comunicado, a companhia informou que está ajustando o cronograma para assegurar que a mudança ocorra de maneira fluida para a base de usuários. Com a nova diretriz, as atualizações de sistema que convertem o software de assistente virtual anterior do Google para a nova tecnologia continuarão gradualmente ao longo do próximo ano.

A empresa não especificou uma nova data limite para o encerramento total do Assistente clássico, mas afirmou que compartilhará mais detalhes sobre as etapas seguintes nos “próximos meses”.

A decisão mantém o funcionamento dos dois serviços em paralelo por um período maior do que o estipulado na estratégia original. A inteligência artificial, inclusive, segue respondendo ao comando “Hey, Google”, que originalmente ativava o Google Assistente.

Gemini substituiu Google Assistente

A substituição já é uma realidade para parte do ecossistema Android desde o ano passado. A linha Pixel 9 e o Galaxy S25 Ultra, por exemplo, já chegaram ao mercado trazendo o Gemini configurado como o assistente padrão de fábrica.

Apesar de ainda não chegar como padrão em todos os aparelhos, a experiência é opcional. Usuários de modelos compatíveis podem baixar o aplicativo do Gemini e escolher substituir o Assistente antigo manualmente.

Planos de expansão

Em entrevistas anteriores, executivos como Sissie Hsiao, vice-presidente de experiências do Gemini, definiram a ferramenta como uma “evolução” do produto anterior, segundo o portal Engadget.

O foco do desenvolvimento recente tem sido garantir paridade de recursos, permitindo que a IA execute tanto tarefas generativas quanto comandos utilitários, como controlar dispositivos de casa inteligente, definir alarmes e tocar música.

Além disso, a ideia prevê a expansão da IA para além dos telefones, como tablets, sistemas automotivos e dispositivos vestíveis (como fones de ouvido e smartwatches) que poderão se beneficiar da tecnologia do Gemini.

Para suportar o assistente atualizado, no entanto, o hardware deve cumprir especificações técnicas mínimas. Segundo a documentação da empresa, os dispositivos precisam rodar o sistema operacional Android 10 ou superior e contar com, pelo menos, 2 GB de memória RAM para processar os modelos de linguagem.

Projeto de substituição do Google Assistente sofre atraso