A Amazon comprou a startup de inteligência artificial Bee, responsável pela criação de uma pulseira que grava todas as comunicações feitas por quem a usa. A informação foi divulgada pela cofundadora da empresa, Maria de Lourdes Zollo, em uma postagem no LinkedIn.
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A Amazon apontou que realmente fez a aquisição, embora o processo ainda não tenha sido concluído.
A pulseira é o principal produto da Bee. Ela grava tudo o que ouve, exceto quando silenciada manualmente.
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Segundo a empresa, o objetivo é captar conversas para gerar lembretes e listas de tarefas automaticamente, sem a necessidade de comandos.

O preço da pulseira é de US$ 49, cerca de R$ 273 em conversão direta, mais uma assinatura mensal de US$ 19 (~R$ 106). A startup também oferece um aplicativo compatível com o Apple Watch, com objetivos semelhantes.
A aquisição é considerada como uma sinalização do interesse da Amazon por dispositivos vestíveis com IA. Trata-se de um campo pouco explorado pela empresa, cuja divisão de produtos se dedica principalmente a assistentes de voz como os alto-falantes Echo.
Outras gigantes também estão criando produtos com IA, incluindo a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT. Já a Meta, de Mark Zuckerberg, está integrando mais IA aos seus óculos inteligentes.
Empresas nascentes, como Rabbit e Humane AI, tentaram lançar wearables com IA, mas tiveram pouco sucesso.
Proteção da privacidade em questão
O uso desse tipo de dispositivo levanta preocupações com segurança e privacidade, já que eles gravam tudo ao redor, incluindo informações potencialmente confidenciais.

A Bee afirma em suas políticas atuais que os usuários podem apagar seus dados a qualquer momento. Além disso, as gravações de áudio não são salvas, guardadas ou usadas para treinar IA.
O aplicativo, porém, armazena dados que a IA aprende sobre o usuário, o que é essencialmente o objetivo do serviço.
A empresa ainda disse que pretendia gravar apenas vozes com consentimento verbal, além de criar um recurso para definir limites por tópico e localização.
Não se sabe se essas políticas continuarão após a aquisição pela Amazon. A empresa teve alguns problemas associados ao tema no passado, como quando compartilhou imagens da fechadura inteligente Ring com a polícia sem autorização ou mandado.
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