Puxadores e maçanetas eletrônicas viram dor de cabeça em carros novos

Tecnologia

Ford Mustang Mach-E, Tesla Cybertruck e os novos Cadillac elétricos são alguns modelos que têm botões discretos no lugar das tradicionais maçanetas. Para Scott Krugger, diretor de design da Stellantis na América do Norte, e Ryan Nagode, responsável pelo design interno das marcas americanas do grupo, a mudança se deve a razões estéticas e, claro, às expectativas dos consumidores, que querem soluções tecnológicas

Em entrevista à CarBuzz, eles explicaram que as maçanetas eletrônicas proporcionam muito mais liberdade de criação: sem o espaço ocupado por componentes mecânicos, é possível incluir iluminação ambiente ou outros elementos visuais no interior do veículo. 

Além disso, o uso do simples botão eletrônico permite posicioná-lo praticamente em qualquer parte do carro. Do lado externo, as portas ganham linhas mais limpas e aerodinâmicas, como acontece no Mustang Mach-E (ilustrado na capa dessa matéria). 


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Estilo com riscos

Moderna e estilosa, a solução lembra até os smartphones no sentido de que basta tocar um ponto para que a resposta ocorra. O problema, no entanto, é que o recurso pode trazer problemas caso o motorista precise sair do carro rapidamente em uma emergência.

Embora dê ar futurista, a ausência dos puxadores tradicionais pode se tornar um problema (Divulgação/Tesla)

É o que aconteceu em um incidente envolvendo um idoso e seu cão, que ficaram presos em um Corvette após uma falha elétrica. Alavancas de emergência existem nesses carros, mas são tão discretas que podem passar despercebidas nestes momentos. 

Ainda, é preciso lembrar que os botões precisam de eletricidade para funcionar. Por isso, proprietários do Mustang Mach-E entraram com uma ação contra a Ford alegando que, com a bateria descarregada, o procedimento para abrir o carro é complexo e lento.  

“Ao mesmo tempo, é importante que nós e as pessoas que fabricam nossos veículos lembrem que [os carros] também são máquinas que precisam ser seguras e funcionais. Os carros precisam equilibrar essas duas exigências, e parece que as montadoras ainda estão tentando descobrir como fazer isso”, declarou o portal. 

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