A decisão entre comprar fogão a gás ou por indução é uma das principais dúvidas na hora de equipar a cozinha. Embora o modelo por indução tenha ganhado popularidade pelo design moderno e segurança, muitos consumidores ainda questionam se se ele é mais econômico que o tradicional fogão a gás.
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Para esclarecer essa questão, analisamos o consumo real de ambos os modelos e fizemos as contas. O resultado pode dar mais motivos para comprar ou não um fogão por indução.
Estes são os tópicos que vamos abordar nesta comparação:
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- Como funciona o fogão por indução?
- Fogão por indução gasta muita energia?
- Qual gasta mais entre fogão a gás e por indução?
- Vale a pena trocar o fogão a gás por um de indução?
Como funciona o fogão por indução?
O fogão por indução, diferentemente dos modelos tradicionais, que usam chama ou resistência elétrica, funciona por meio de campos eletromagnéticos.
Sob cada boca do equipamento existe uma bobina de metal. Quando ligada, essa bobina gera uma corrente alternada que cria um campo magnético invisível. Ao entrar em contato com a panela, esse campo produz calor diretamente no recipiente.

O resultado é um aquecimento mais rápido e preciso. Sem panela na boca, o fogão não produz calor, e ao retirar o recipiente, a temperatura se dissipa rapidamente. Por isso, só funciona com panelas de materiais ferromagnéticos, como aço inox ou ferro fundido.
Fogão por indução gasta muita energia?
Apesar do receio inicial, o fogão por indução não é o vilão da conta de luz que muitos imaginam. Segundo teste do canal Manual do Mundo, o consumo médio fica em torno de 1 kWh por hora de uso.
Considerando o preço médio do kWh no Brasil, o custo por hora de funcionamento fica entre R$ 0,46 e R$ 1,48.
Porém, a eficiência energética do fogão por indução chega a 90% na transferência de calor para a panela.
Isso significa que quase toda energia consumida é convertida em aquecimento dos alimentos, com mínimo desperdício.
Qual gasta mais entre fogão a gás e indução?
Para fazer uma comparação justa, simulamos o uso de ambos os fogões durante um mês típico de uma família de quatro pessoas, considerando 2 horas de uso diário efetivo.

Usamos no cálculo o preço médio do kWh ponderado pelo mercado nacional mais recente divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Fogão por indução:
- Consumo: 2 horas x 30 dias = 60 horas/mês;
- Gasto energético: 60 kWh x R$ 0,756 = R$ 45,36/mês.
Fogão a gás:
- Consumo: 1 botijão de 13 kg (aproximadamente R$ 100);
- Duração média: 45 dias para uma família;
- Gasto mensal: R$ 100 ÷ 1,5 = R$ 66,67/mês.
Na simulação, o fogão por indução apresenta vantagem de aproximadamente R$ 21 por mês. Essa diferença pode variar conforme os preços regionais do gás e da energia elétrica.
Indução cozinha mais rápido
Vale destacar que o fogão por indução aquece mais rapidamente, o que já está considerado nas 2 horas de uso efetivo da simulação.
Estimativas da indústria dizem que o fogão a indução prepara alimentos cerca de 40% mais rápido que o fogão a gás.
Assim, mesmo que o consumo de o gás e eletricidade custassem o mesmo valor para operar o eletrodoméstico por 1 hora, o fogão a indução terminaria sua tarefa bem antes do modelo a gás.
Por exemplo, 1 litro de água leva em média 3,5 minutos para atingir fervura (~100 °C) em um fogão à indução, enquanto o modelo a gás precisa de 5 a 6 minutos em média para fazer o mesmo.
Vale a pena trocar o fogão a gás por um de indução?
Mesmo considerando o custo inicial maior — os fogões por indução são mais caros que os modelos a gás, com modelos a partir de R$ 1.000, enquanto os fogões a gás começam em R$ 500 —, a troca pode ser vantajosa a longo prazo.
A maior eficiência na transferência de calor significa que os alimentos ficam prontos antes no fogão por indução.
Isso resulta em menor tempo de uso e, consequentemente, redução no consumo energético real.
Além da economia, outros fatores pesam a favor do fogão por indução: maior segurança, limpeza mais fácil, controle preciso de temperatura e design moderno.
No entanto, é preciso considerar o tipo de uso, compra de panelas e tarifa energética vigente na região, que podem variar o custo final de um fogão por indução.
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