
A noite desta quinta-feira (11) foi marcante para os fãs de Resident Evil. Durante o The Game Awards 2025, a Capcom não só confirmou Leon Kennedy como o segundo protagonista de Requiem, mas também colocou um fim às especulações sobre o tempo de tela do personagem. Em entrevista ao Automaton após o evento, o diretor Akifumi Nakanishi e o produtor Masato Kumazawa detalharam que a estrutura do jogo será dividida de forma quase igualitária entre o veterano e a novata Grace Ashcroft.
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Para quem tinha medo que Leon fosse apenas um coadjuvante de luxo, a notícia é excelente: os segmentos jogáveis serão divididos quase que 50/50 entre os dois personagens. A proposta da Capcom é criar uma experiência de contrastes extremos, onde a vulnerabilidade de Grace prepara o terreno para a experiência de combate visceral de Leon. Com isso, os desenvolvedores querem criar um ritmo de jogo comparável a um “choque térmico”.
Essa abordagem contrastante não é estética e imprescindível para a jogabilidade. Enquanto Grace traz de volta o terror de sobrevivência clássico, focado na tensão e na fuga, Leon chega com um arsenal de movimentos renovado e uma postura de “veterano casca grossa”.
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Equilíbrio do caos: “Banho frio após a sauna”
A grande sacada de Requiem parece ser o gerenciamento de tensão. Segundo Nakanishi, o jogo possui uma história unificada, mas alterna entre as perspectivas dos personagens. A dinâmica foi descrita pelo diretor com uma analogia curiosa e precisa:
“É quase como ter dois jogos com tipos de tensão completamente diferentes misturados. […] O contraste dá ao jogo um ritmo único, como pular em um banho frio depois de sentar em uma sauna quente. Era importante combinar bem os segmentos lentos e rápidos.”
Na prática, isso significa que os capítulos de Grace serão focados no terror puro, já que ela é descrita pelos desenvolvedores como “a maior medrosa da história de Resident Evil”. Em contrapartida, assumir o controle de Leon funcionará como uma válvula de escape para o jogador. É o momento da adrenalina, da ação e do combate ofensivo, permitindo que o jogador se sinta seguro e poderoso antes de ser jogado novamente na vulnerabilidade com Grace.
Leon “Ikeoji”: Combate estilo RE4 e maturidade
Para a construção deste Leon de 2026, a Capcom mirou no conceito japonês de “ikeoji” — um termo usado para descrever um homem mais velho que é, ao mesmo tempo, legal e atraente. O personagem mantém sua personalidade heroica, não hesitando em se sacrificar pelos outros, mas agora carrega um “humor seco e sarcasmo sutil que apenas um cara mais velho pode trazer”.
















Em termos técnicos e de gameplay, a Capcom foi categórica:
- Fundação no RE4: Enquanto Grace joga como em Resident Evil 2 (mais lento, metódico), o gameplay de Leon é baseado na ação de Resident Evil 4, mas expandido
- Novos movimentos: O veterano contará com artes marciais e novos golpes corpo a corpo, refletindo sua ampla experiência contra o bioterrorismo
- Desafio elevado: O diretor alertou que, justamente pelo personagem ser tão capaz, “a batalha desta vez provavelmente levará Leon aos seus limites mais do que nunca”
Curiosidade: o carro de luxo e o lançamento
Um detalhe que chamou a atenção no trailer e foi confirmado pelos produtores é a parceria inédita com a Porsche. O veículo que Leon dirige não é genérico: trata-se de um Cayenne Turbo GT (que o Canaltech já testou) personalizado, oficialmente licenciado e customizado para o mundo do jogo. Resta saber se o carro sobreviverá à “maldição de veículos” da franquia, já que helicópteros e carros de Leon raramente terminam o jogo inteiros.
Resident Evil Requiem tem lançamento marcado para 27 de fevereiro de 2026, chegando para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC (Windows/Steam).
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