
A Koei Tecmo e a Nintendo se unem mais uma vez, agora para trazer o primeiro jogo inédito da franquia The Legend of Zelda no Nintendo Switch 2 — Hyrule Warriors: Age of Imprisonment.
O musou tem como principal objetivo preencher as lacunas deixadas em The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, que enviou Zelda para o passado. A história que acompanhamos é dela, que, ao lado do Rei Rauru e da Rainha Sonia, presenciou a ascensão de Ganon.
Para isso, obviamente que terá de esmagar os botões do Joy-Con 2 ou do seu Switch 2 Pro Controller para fazer a infinidade de inimigos voar pelos ares em Hyrule Warrios: Age of Imprisonment. E vou falar para vocês, que delícia ver um mar de monstros cair a cada movimento.
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Prós
- O ápice da linha “Warriors” da Nintendo
- Funciona como um excelente complemento de Tears of the Kingdom
- Abre a jornada de Zelda no Switch 2 em grande estilo
Contras
- Pode soar “mais do mesmo”
- Padrões repetitivos podem cansar em pouco tempo
A era do aprisionamento em Hyrule Warriors
Se Breath of the Wild teve Hyrule Warriors: Age of Calamity, a Nintendo não quis deixar os fãs de Tears of the Kingdom e trouxe Hyrule Warriors: Age of Imprisonment como uma forma de aprimorar ainda mais a sua linha de jogos musou.

Enquanto o antigo muda (e muito) a história principal, este tem como objetivo complementar a jornada da princesa Zelda ao passado. Ali vemos como a sua presença, ao lado do Rei Rauru e outros guerreiros, impediu Ganon de tomar controle de tudo há dezenas de milhares de anos.
Apesar de contar com personagens que você conhece em The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, essa será a primeira vez que você poderá interagir com muitos deles. Se no original alguns nem fala têm, em Hyrule Warriors: Age of Imprisonment conhecemos de forma imersiva e aprendemos a gostar dos guerreiros e guardiões “originais”.
Isso abre um leque e tanto para se aprofundar melhor nos moldes como essa Zelda amadureceu pelos eventos no passado e também reforça a fundação de Hyrule, como a conhecemos em BotW e TotK..
Porém, mesmo sem mudanças bruscas, Nintendo e Koei Tecmo também apresentam algumas novidades. Na aventura temos o Construto Misterioso (que é um “Link Robô”) e o Korok aventureiro Calamo: que não apenas são apresentados com todo o estilo, como são essenciais para a experiência.
Muitos podem imaginar que a presença deles em Hyrule Warriors: Age of Imprisonment pode ser algo similar à Terrako em Age of Calamity, mas confia que a aventura se torna muito melhor com a presença deles no novo título.
Em termos narrativos, eles são responsáveis por não forçar a participação de todos os grandes personagens em um mesmo núcleo. Enquanto Zelda e Rauru seguem um caminho, o Construto Misterioso e Calamo partem para outro com participações diferentes e uma equipe própria.

Gameplay de milhões
E como tudo isso se traduz no gameplay de Hyrule Warriors: Age of Imprisonment? Simples, ele traz uma imersão maior nas suas mecânicas e na construção de seu mundo. Assim como no anterior, você tem um grande mapa e precisa escolher suas batalhas para dar início a um novo capítulo.
Os núcleos diferentes permitem que a trama não canse, enquanto você avança pelos cenários e faz centenas de personagens voar com seus movimentos. Zelda, por exemplo, está mais “agressiva” do que nunca e é recompensador usá-la em combate.
Claro, nele você precisará esmagar os botões Y e X para derrubar milhares de inimigos. Porém, terá também o uso das ferramentas Zonai para complementar o gameplay. Ao apertar o botão R, você não tem apenas os movimentos especiais e itens, como estes apetrechos que dão mais recheio e diferenciais a Hyrule Warriors: Age of Imprisonment.
Eles funcionam como “armas extras”. No meio do combate, você pode alternar os movimentos com um lança-chamas, jato de gelo, usar um ventilador para rebater ataques e até mesmo usar um canhão — que, em inimigos voadores, faz um belo estrago diga-se de passagem.
“É possível atacar, alternar para outros guerreiros, recuar e disparar um foguete na direção do oponente em questão de segundos. É impressionante”
Assim como Tears of the Kingdom aperfeiçoa tudo visto em Breath of the Wild e faz “mais”, Age of Imprisonment faz o mesmo por Hyrule Warriors: Age of Calamity e até mesmo de Fire Emblem Warriors: Three Hopes. O novo título conta com poucas inovações e a fórmula segue de forma bem similar, mas mostra que seus acertos o posicionam em outro patamar.

Cansaço de Hyrule Warriors
Mesmo aprimorado, a sensação de familiaridade é excessiva. Ainda que traga mais opções, ferramentas e divida criativamente a história, o seu núcleo é o mesmo: você vai entrar no mapa, bater em quase tudo que se move na sua frente e encarar inimigos mais poderosos em determinadas áreas. E isso vai se repetir até o fim.
Não entendam errado, Hyrule Warriors: Age of Imprisonment faz até mais do que os musous convencionais. Porém, tudo de modo complementar. Na hora que você realmente vai jogar, quase sempre estará em cima da mesma base e a jogabilidade logo cai na monotonia.
Trocar de armas, melhorar seus equipamentos, gerar power-ups, participar de eventos e outras ações não substituem de forma alguma o momento em que estará com o combate em suas mãos. Quando controla algum personagem, quase sempre soará que fez aquilo várias vezes desde o seu início.

Em determinadas fases poderá controlar o Construto Misterioso em seu “modo animal”, o que é o ponto máximo de variedade em relação à jogabilidade habitual. Fora disso, pode não soar tão divertido assim passar várias horas na exploração desse universo.
Vale a pena jogar Hyrule Warriors: Age of Imprisonment?
Se você estava com saudades de um bom “Warriors” da Nintendo, Hyrule Warriors: Age of Imprisonment vai suprir a sua vontade com louvores. Ao misturar ação, bons personagens e uma história inédita dentro do cânone, ele funciona de forma excelente.
Este é o primeiro jogo da franquia The Legend of Zelda exclusivo para o Nintendo Switch 2, o que torna esta uma bela de uma porta de entrada — principalmente para quem jogou Tears of the Kingdom recentemente no novo console híbrido.
“Faltou localização em português brasileiro, mas isso acaba no mesmo buraco que a franquia Pokémon: o jogo é produzido pela Koei Tecmo e AAA Games Studio, que tomam a decisão final e não a própria Nintendo” – Diego Corumba
Como musou, ele se mostra uma pérola lapidada após acertos e erros dos outros games que foram produzidos antes. Mesmo que soe repetitivo ou mais do mesmo, ele tem grandes acertos na franquia e oferece uma diversão que vai demorar a ver igual (principalmente dentro da plataforma).




















Dito isso, se você é fã da franquia e acompanhou toda a saga desde The Legend of Zelda: Breath of the Wild, Hyrule Warriors: Age of Imprisonment é para você. Caso contrário, não há problema: o jogo recapitula os pontos mais importantes para que ninguém fique perdido na história. Ou seja, diversão para todos.
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