Um robotáxi (táxi autônomo, sem motorista humano) da Waymo cometeu uma infração de trânsito ao rodar pela região de San Bruno, na Califórnia (EUA), mas acabou sendo “liberado” pela polícia sem receber a merecida multa. O motivo? O mais inusitado possível.
De acordo com a reportagem publicada pelo The Guardian, as autoridades ordenaram a parada do veículo ao notar que o “motorista” havia feito uma conversão ilegal, em “U”, mas, ao abordar o carro, tiveram que desistir da aplicação da punição.
“Como não havia um motorista humano, a multa não pôde ser emitida, pois nosso regimento interno não prevê punições para robôs”, sintetizou o policial, deixando clara a brecha que há nas leis de trânsito locais para punir carros autônomos, cada vez mais presentes no cenário urbano dos Estados Unidos.
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A polícia local afirmou que alertou a Waymo sobre a infração do robotáxi e a empresa, em um comunicado, destacou que seus carros autônomos “foram projetados para respeitar as regras de trânsito” e que “está investigando a situação e comprometida a melhorar a segurança de todos”.
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Lei vai mudar em breve
Antes mesmo de a confusão com o “motorista fantasma” do robotáxi ter escancarado as lacunas na lei de trânsito dos Estados Unidos para punir infrações de carros autônomos ocorrer, o governo já havia ligado o sinal de alerta para tais cenários.
Gavin Newson, governador da Califórnia, sancionou um projeto que permitirá aos policiais emitirem uma “notificação de não-conformidade” aos carros autônomos que forem flagrados cometendo infrações de trânsito.
O projeto foi idealizado pelo deputado Phil Ting e prevê, além da punição ao carro sem motorista, a criação de uma linha telefônica exclusivamente voltada para emergências de trânsito com carros autônomos, que será de responsabilidade das montadoras.

A ideia é que as alterações reduzam incidentes com carros autônomos bloqueando as ruas, invadindo vias fechadas, atrapalhando o trânsito e colidindo com pedestres ou animais, como já ocorreu no passado. O prazo para entrar em vigor é julho de 2026.
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