A Casa Branca anunciou na quarta-feira (6) uma ordem executiva que revoga as restrições impostas aos voos comerciais supersônicos no país desde 1973, quando foram banidos devido à pressão pública e o estrondo que causavam. Agora, a nova medida traz um cronograma para a certificação destes voos rumo à retomada.
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A nova diretriz determina que a proibição seja oficialmente revogada até 3 de dezembro, e prevê que os padrões de certificação de ruído sejam definidos até o dia 6 de dezembro de 2026. Já as regras finais devem ser implementadas até junho de 2027.
Pode não parecer, mas o cronograma é bem agressivo. Para comparação, considere as regulamentações necessárias para o uso de drones comerciais nos Estados Unidos: o intervalo entre as diretrizes do governo à implementação destas foi de quatro anos.
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Supersônico e sem estrondo
Nos anos 1970, modelos como o francês-britânico Concorde e o soviético Tu-144 mostraram que era possível voar à Mach 1, ou cerca de 1.235 km/h — portanto, mais rápido que a velocidade do som. Se aprovada, a mudança poderia permitir realizar o trajeto entre Nova York e Los Angeles em 3,5 horas, sendo que a viagem demora atualmente 6 horas.

O problema é que esses aviões causavam o chamado estrondo sônico, formado por ondas de choque seguidas de um som forte — o fenômeno é capaz até de estilhaçar janelas. Hoje, empresas como a Boom Supersonic já criaram aeronaves que conseguem voar à Mach 1 a 9,1 km de altitude direcionando o estrondo para cima, ou seja, com tempo suficiente para ser dissipado antes de chegar ao solo.
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