
Resumo
- Samsung pode manter sensores proprietários no Galaxy S27 Ultra, cancelando o uso do sensor LYT-901 de 1 polegada da Sony.
- Assim, o Galaxy S27 Ultra continuaria com o sensor de 1/1.3 polegada, como no Galaxy S23 Ultra, possivelmente até as gerações S28 e S29.
- Concorrentes chinesas, como Xiaomi e Oppo, devem adotar o sensor LYT-901 em 2026, pressionando a Samsung a competir com hardware inferior.
A Samsung teria cancelado planos de atualizar o sensor da câmera principal do futuro Galaxy S27 Ultra para um componente mais robusto. A companhia estaria considerando trazer um sensor óptico maior, de 1/1.2 polegada, fabricado pela Sony, mas teria decidido continuar com os sensores proprietários por custos de produção e margens de lucro.
Segundo o perfil Ice Universe, especializado em vazamentos, a Samsung planejava abandonar os sensores da linha ISOCELL. Com a mudança de rota, a tendência é que o Galaxy S27 Ultra mantenha a mesma base de hardware principal vista desde o Galaxy S23 Ultra, com formato de 1/1.3 polegada. A estagnação pode se estender até as gerações S28 e S29.
O que foi descartado?

A fabricante sul-coreana optou por não licenciar o sensor LYT-901, parte da nova linha LYTIA, da Sony. O componente apresenta 200 MP em um formato físico de 1/1.12 polegada, significativamente maior que o padrão atual da linha Galaxy.
Suas especificações técnicas incluem pixels de 0,7 micrômetros, matriz Quad-Quad Bayer Coding (QQBC) e tecnologias de ponta, como Dual Conversion Gain (DCG-HDR) e AI remosaicing, projetadas para melhorar o alcance dinâmico e reduzir ruído em baixa luz.
Outras fabricantes de Android devem adotar o novo sensor da companhia japonesa a partir do ano que vem. Marcas como Xiaomi, Oppo, Vivo Mobile (Jovi no Brasil) e Honor já estariam se preparando para usar tanto ele quanto o recém-lançado OVB0D, da OmniVision.

O OVB0D é um sensor de 1/1.1 polegada construído em processo de 22 nm, com suporte a tecnologias de Dual Conversion Gain e uma faixa dinâmica de 108 dB. A adoção massiva desses componentes por fabricantes chinesas deve elevar o “teto” da fotografia mobile, pressionando a Samsung a competir com hardware fisicamente inferior.
O ISOCELL HP5, lançado recentemente de forma silenciosa pela Samsung, é um deles. O sensor tem 1/1.56 polegada e pixels de 0,5 micrometros. Pixels menores captam menos luz, o que exige um processamento de software muito mais agressivo para compensar a falta de dados brutos de qualidade.
Usuários pedem saída de executivos
Se confirmada, a estratégia da empresa deve irritar ainda mais os fãs da Samsung, que já se movimentaram nesse ano exigindo a reestruturação na divisão de câmeras.
A principal queixa é que a Samsung, historicamente uma referência em fotografia móvel, está ficando atrás de concorrentes como Huawei, Oppo, Apple, Google e Xiaomi em rankings como o DxOMark. Os fãs reclamam da estagnação e da reutilização contínua de sensores como o ISOCELL HP2.
Além da queda no ranking técnico de câmeras — pelo qual costumava aparecer entre as primeiras posições —, a divisão mobile da Samsung também se vê perdendo espaço em vendas. Pela primeira vez em 14 anos, a sul-coreana deve perder a liderança para a Apple.

