Silent Hill no Brasil? Dev não descarta possibilidade de explorar o país

Tecnologia

O responsável pela franquia Silent Hill, Motoi Okamoto, revelou na última terça-feira (16) que já busca novas localidades para o próximo jogo. O objetivo é explorar ambientes fora dos Estados Unidos.

Silent Hill f, lançado em setembro, foi o primeiro a seguir esta trajetória e mostrou uma abordagem da saga no Japão nos anos 1960. Agora, a intenção é expandir as histórias para outros países.

“Acreditamos que podemos seguir um caminho similar com outras culturas ao redor do mundo. Por exemplo, na América do Sul ou Central, poderia ter um apelo local, crenças xamânicas e ver como tudo se conecta”, afirma Okamoto.


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Em entrevista ao Inverse, ele também aponta que a equipe pode seguir uma rota diferente de tudo o que já apresentaram desde então. Países da Europa e da Ásia não são descartados.

“Podemos tentar expandir nossa perspectiva e olhar para outras regiões, possivelmente a Rússia, Itália ou a Coréia do Sul. Todos estes territórios possuem sua própria crença. Eu acredito que essa é a direção para expandirmos nossos conceitos”, reforça o desenvolvedor.

Imagem de Silent Hill 3
Após Silent Hill f, a franquia deve se distanciar do cenário clássico dos Estados Unidos (Imagem: Reprodução/Konami)

É importante notar que isto não valerá para Silent Hill: Townfall (que lançará em 2026) ou até mesmo para o remake do primeiro Silent Hill (previsto para 2027). Okamoto detalha o próximo grande capítulo da série, sob supervisão da Konami.

Silent Hill na América do Sul

Segundo informações do desenvolvedor, ele tende a escolher o cenário sul-americano ou da América Central para a próxima narrativa. O responsável pela saga afirmou ler alguns livros de terror destas regiões e isso tem gerado inspiração nele.

“Estes países foram impactados por muitos governos militares e golpes de Estado. Há um certo tipo de bravata e masculinidade que surge desses cenários políticos. Isso sem falar da vertente mais folclórica, proveniente do xamanismo e crenças locais”.

Apesar das informações apresentadas, Motoi Okamoto não revelou detalhes sobre o que virá a seguir na franquia Silent Hill. O projeto ainda deve estar em estágios iniciais, então provavelmente deve demorar a ser mostrado ao público. 

Além disso, a Konami não pensa em contratar um estúdio brasileiro ou da América do Sul para desenvolver um jogo da franquia. Ao menos não por enquanto. O desenvolvedor aponta uma barreira técnica, na visão da empresa:

“Existe um problema: a América do Sul e Central não possuem muitos estúdios de desenvolvimento de jogos que conseguiriam lidar com uma propriedade intelectual como Silent Hill. Enquanto eles têm muitos filmes, livros e contos interessantes, a forma como poderíamos traduzir isso em um game ainda é algo que temos de analisar”, revela Motoi Okamoto.

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