Smartwatch Samsung com celular de outra marca? Entenda o que você pode perder

Tecnologia

A compatibilidade entre aparelhos é uma dúvida comum na hora de adquirir um smartwatch. Isso não é exceção para quem compra um Galaxy Watch e fica confuso se vai perder alguma coisa por não ter um celular Samsung. A resposta curta é: quase tudo funciona, mas o que não funciona é justamente um dos recursos muito procurados. Entenda.

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Usar um smartphone de outra fabricante não é algo que estrague a experiência, mas alguns processos podem se tornar mais longos e menos intuitivos como você vai ver.


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Configuração inicial mais demorada

Enquanto em um celular Galaxy o processo de pareamento é quase mágico, com um pop-up aparecendo assim que o relógio liga, em outros aparelhos o caminho é mais longo, como nos testes de Adriano Ponte, apresentador do Canaltech.

Antes começar a se divertir explorando as configurações do aparelho, é preciso baixar o app Galaxy Wearable pela Play Store. Dependendo do modelo, o relógio ainda pede um segundo aplicativo específico.

Isso torna o processo mais lento e instala dois apps que precisam rodar em segundo plano. Em sistemas agressivos no gerenciamento de bateria, como o da Xiaomi, pode acontecer de um dos apps ser fechado e gerar falhas na conexão.

O vilão: Samsung Health Monitor

Samsung Health Monitor está disponível somente na Galaxy Store (Imagem: Reprodução / Samsung)

Após as instalações, quase todas as funções estarão presentes: notificações, passos, sono, exercícios, watchfaces e apps da Play Store. O problema está em um aplicativo específico: o Samsung Health Monitor, responsável por três funções avançadas de saúde:

  • Eletrocardiograma (ECG)
  • Pressão arterial
  • Detecção de apneia do sono (em algumas regiões)

O empecilho é que o app não está na Google Play Store, apenas na Galaxy Store, exclusiva dos celulares Samsung. Sem ele, essas funções ficam inacessíveis, mesmo que o hardware do relógio possa executá-las.

Barreira artificial

Ao parear o relógio com um celular Samsung, foi preciso conexão de dados móveis para validar a região e ativar o ECG. Depois, o celular foi desligado e o relógio continuou a realizar os exames de forma independente, salvando os resultados internamente.

Ele só precisa do celular para gerar o relatório em PDF, algo que poderia ser feito em qualquer smartphone. Assim, o smartphone da Samsung funciona como uma espécie de “chave de ativação”, bloqueando usuários de outras marcas.

A comunidade resolve (ou quase)

Para os aventureiros, existem soluções. Fóruns como XDA Developers e Reddit têm versões modificadas (mods), do Samsung Health Monitor que liberam os recursos em qualquer Android.

É importante lembrar que a “gambiarra” exige pesquisa, instalação de apps de fontes não oficiais, envolve riscos de segurança e pode ter configuração complexa. Portanto, esteja ciente e fique atento antes de assumir qualquer risco.

As soluções criadas pela comunidade podem ser interessantes, porém muitas vezes são temporárias. Afinal, sempre existe a possibilidade de um app modificado parar de funcionar, após empresas lançarem atualizações para suas versões oficiais.

A única perda real ao usar um Galaxy Watch fora do ecossistema Samsung são as funções avançadas do Health Monitor. Para alguns, isso pode não fazer diferença. Para outros, que compram o relógio por esses recursos, pode ser frustrante.

Agora que você conhece o recurso que não funciona da melhor maneira entre Galaxy Watch e celulares de outras marcas, pode pensar em como montar a melhor combinação de aparelhos para o seu uso.

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