O Spotify anunciou recentemente que, nos últimos 12 meses, removeu mais de 75 milhões de faixas spam, muitas delas geradas com auxílio de inteligência artificial (IA). Mas é importante esclarecer: não se trata de proibir músicas criadas com IA, mas sim de combater abusos e práticas fraudulentas dentro da plataforma.
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Essas faixas spam usam a tecnologia de IA de forma indevida, visando manipular o sistema de streaming e prejudicar artistas legítimos. Entre os métodos mais comuns estão uploads em massa, duplicação de faixas, uso de metadados falsos, músicas artificialmente curtas e até clonagem de vozes de artistas sem autorização.
O objetivo desses conteúdos não é criar arte, mas explorar brechas para gerar royalties ou atrair cliques indevidos. Para combater essas práticas, o Spotify está investindo em três frentes principais:
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Prevenção de impersonação
A plataforma proibiu o uso não autorizado de vozes de artistas, clones vocais ou perfis falsos. Agora, qualquer vocal gerado por IA só pode ser usado com autorização explícita do artista.
Filtro de spam
Um novo sistema identifica e limita a visibilidade de uploads que utilizam táticas abusivas, como duplicação de faixas ou manipulação de metadados. Isso ajuda a proteger tanto os ouvintes quanto os criadores que trabalham de forma legítima.

Transparência com créditos de IA
Artistas que usam IA de forma responsável em seus processos criativos poderão indicar em créditos padronizados quando a tecnologia foi utilizada, seja para vocais, instrumentação ou pós-produção. Essa medida fortalece a confiança do público e evita confusões sobre a autoria do conteúdo.
O ponto-chave é que músicas feitas com IA de maneira ética e criativa continuam permitidas. O foco do Spotify é coibir abusos, fraudes e manipulações que prejudicam o ecossistema musical. Projetos artísticos que utilizam IA de forma transparente não são impactados.
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