A startup indiana de drones Raphe mPhibr levantou mais de meio bilhão de reais em uma rodada de investimentos, que busca aumentar sua produção de UAVs em meio ao cenário geopolítico mundial instável.
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Em uma rodada de investimentos série B, liderada pela General Catalyst, a startup arrecadou US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 547 milhões) em troca de participação acionária.
A etapa “série B” é voltada para negócios mais estabelecidos, onde o dinheiro arrecadado é utilizado para acelerar o crescimento. No caso da Raphe mPhibr, o investimento será na área de P&D e no aumento da produção local.
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A empresa indiana de drones foi fundada em 2017, e produz nove tipos diferentes de UAVs, sigla em inglês para Veículo Aéreo Não Tripulado. Os produtos vão desde drones de 2 kg e que cobrem uma área de 20 km para os mais pesados e avançados, de 200 kg e com cobertura de até 200 km.
Em um mercado mundial de drones liderado pela China, a Raphe mPhibr busca expandir a força da Índia no cenário internacional. A startup não importa nenhum componente dos seus produtos da China, e utiliza inteligência artificial no desenvolvimento dos seus produtos.
Até o momento, a startup tem apenas clientes dentro da Índia. Porém, um dos fundadores falou ao TechCrunch que estão com “conversas avançadas com agências governamentais de outros países”, e esperam começar a exportar seus drones ainda neste ano.
Recentemente, a Índia voltou ao palco dos conflitos ativos no mundo. Em maio deste ano, o país trocou ataques com o Paquistão na região da Caxemira, inclusive, utilizando drones. Após quatro dias consecutivos de agressões, as nações chegaram num acordo de cessar-fogo.
Drones em alta
Os UAVs, cada vez mais avançados com o uso de IA, têm ampliado sua capacidade de reconhecimento de terras e eficiência. Eles são uma alternativa “mais segura” para atingir objetivos militares, já que evitam a necessidade de força humana nas missões e são bem mais baratos do que aeronaves tripuladas.
O cenário geopolítico mundial instável tem aumentado significativamente a busca por drones nos últimos anos, e tende a continuar em alta. De acordo com dados da Fortune Business Insights, países como os Estados Unidos, que tinham gastos de US$ 13,6 bi com drones em 2023, têm projeção de gastar US$ 35,6 bi em 2030.
O conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em 2022, é um exemplo de uso de drones, por ambos os lados, seja para reconhecimento ou para ataques diretos.
Na última reunião da cúpula da Otan, em junho de 2025, por exemplo, os países da aliança concordaram em gastar 5% dos seus Produtos Internos Brutos (PIBs) com defesa.
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