Cientistas da Universidade de Aberystwyth estudaram as pedras de Stonehenge, levantadas por povos da Idade da Pedra há cerca de 4.000 anos, e chegaram à conclusão de que elas realmente foram trazidas por mãos humanas ao longo de centenas de quilômetros. Uma tese de 1924 dizia que haveria um papel da natureza no trabalho, com algumas pedras sendo trazidas por geleiras.
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As rochas estudadas são as pedras azuis do círculo interno do monólito, cada uma pesando cerca de 3,5 toneladas (o peso de dois carros populares). A teoria das geleiras veio a partir do achado de marcas abrasivas, o que seria um sinal da ação do gelo. Agora, acredita-se que sejam resultado da manipulação humana com um pouco de desgaste ambiental.
As viagens das pedras de Stonehenge
Segundo a análise dos cientistas, publicada no periódico científico Journal of Archaeological Science: Reports, há marcas no canto das pedras de Stonehenge que indicam esculturas propositais, e não erosão.
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Em 2023, uma pesquisa sugeriu que a Pedra de Newall, do círculo interno, veio de uma pedreira no País de Gales, nas Colinas Preseli. A pesquisa atual concorda com a tese e ainda conclui que Newall quebrou a partir de uma pedra maior, chamada 32d, enterrada em Stonehenge.
Se as pedras houvessem sido trazidas por geleiras, deveria haver mais pedras azuis nos arredores da Planície de Salisbury, onde o monumento fica. Como não há nenhuma, o mais provável é que humanos tenham trazido as rochas, viajando por mais de 200 km com os artefatos.
A Pedra de Alter, ou Pedra 80, teria sido transportada por 750 km, segundo um estudo de 2024. O feito neolítico mostra a engenhosidade dos povos do passado, quebrando a noção de que eram meros homens da caverna com poucas habilidades.
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