Tanque cheio faz você gastar mais? Veja se é fato ou fake

Tecnologia

Encher o tanque até a boca para “economizar” e evitar idas frequentes ao posto é um hábito comum entre motoristas, mas pode sair mais caro do que parece. O peso extra do combustível faz o carro consumir mais e ainda pode danificar componentes como o cânister, peça responsável por filtrar vapores tóxicos do tanque. 

Por outro lado, rodar constantemente na reserva também traz riscos, como a evaporação mais intensa do combustível, aumento da chance de pane seca e prejuízos ao sistema de alimentação do motor. O segredo para preservar o carro e gastar menos está no equilíbrio: abastecer de forma moderada, sem exageros.

Relação entre peso e consumo

Quando o tanque está completamente cheio, cada litro adicional significa peso extra. E, quanto mais pesado o carro, mais esforço o motor precisa fazer, elevando o consumo. Estima-se que um acréscimo de 100 kg possa aumentar o gasto de combustível em cerca de 6%, percentual que pode não parecer grande em um único abastecimento, mas que se acumula ao longo do tempo. 


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Além disso, abastecer até o limite pode fazer com que o combustível invada o cânister, comprometendo seu funcionamento e encurtando a vida útil desta peça, cuja substituição é cara e necessária para manter o sistema de emissões em ordem.

Posto de gasolina
Quando a bomba faz um “clique”, significa que o tanque já está cheio e não deve ser colocado mais combustível (Freepik/Divulgação)

Pouco combustível também pode gerar problemas

Já manter o tanque quase sempre vazio traz outro conjunto de problemas. O espaço livre dentro do tanque favorece a evaporação do combustível, especialmente em dias quentes. Há também o risco de a bomba de combustível trabalhar sem a refrigeração adequada, o que pode levar ao superaquecimento e até à queima do componente. 

Como se não bastasse, circular na reserva aumenta a possibilidade de que sedimentos acumulados no fundo do tanque sejam sugados para o sistema, entupindo o filtro e afetando o desempenho do motor.

A recomendação é simples: evite tanto o tanque lotado quanto o nível constantemente baixo. Abastecer até o primeiro clique da bomba e manter o combustível acima da reserva já é suficiente para proteger os componentes, melhorar a eficiência e evitar gastos desnecessários. 

Pequenas mudanças de hábito, como calibrar os pneus regularmente, dirigir de forma mais suave e retirar peso extra do veículo, também ajudam a economizar e prolongar a vida útil do carro. A economia real vem mais do cuidado constante do que de estratégias que parecem vantajosas, mas que acabam custando caro.]

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