Com crescente demanda por alimentos e segurança alimentar, Brasil reforça posição como hub global
Da Redação
Brasilia – O recente tarifaço implementado pelo governo Trump sobre produtos importados pelos Estados Unidos tem provocado mudanças significativas no comércio global. Se, por um lado, a medida gera instabilidade, por outro abre uma janela de oportunidades para o Brasil ampliar suas exportações para o mundo árabe, China e outros mercados estratégicos, que buscam diversificar fornecedores diante das tensões comerciais.
De acordo com a Cristiane Fais, CEO da Accrom Consultoria em Logística Internacional e especialista em importação e exportação, o Brasil já começa a colher frutos desse cenário.
“Produtos brasileiros como carnes, soja, açúcar e etanol têm conquistado maior espaço internacional, porque unem qualidade, escala produtiva e competitividade. O tarifaço acaba reposicionando o Brasil como fornecedor confiável em um momento em que a segurança alimentar e energética é prioridade mundial”, explica Fais.
Fenasucro & Agrocana
Esse otimismo se refletiu nos resultados da Fenasucro & Agrocana, realizada em Sertãozinho (SP), considerada a maior feira mundial voltada para bioenergia e agronegócio. O evento contou com mais de 600 marcas expositoras e visitantes de mais de 60 países, e apresentou lançamentos tecnológicos, além de promover debates sobre mobilidade sustentável e as tendências globais em energia renovável e alimentos.
Entre os destaques comerciais da feira estiveram soluções ligadas à bioenergia, etanol, açúcar, papel e celulose, logística e transporte, setores diretamente conectados à crescente demanda por sustentabilidade e eficiência produtiva.
A edição registrou público altamente qualificado, crescimento expressivo na visitação e um grande volume de intenções de compra. Com esses resultados, a expectativa é que a feira supere a marca de R$ 10,7 bilhões em negócios gerados, consolidando ainda mais o Brasil como hub de alimentos e energia limpa para o mundo.
Segundo Cristiane Fais, o momento exige preparo das empresas brasileiras para atender novas exigências do mercado internacional.
“Mais do que produzir, é fundamental alinhar logística, contratos e certificações internacionais. Quem conseguir se adequar rapidamente a essa nova dinâmica terá vantagem competitiva duradoura”, completa.
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