Teste: Jeep Commander 2026 evolui onde precisa e vira “rei” no off-road

O Jeep Commander é o líder do ranking de D-SUVs no Brasil e, para se manter no topo, sabe que é preciso evoluir, nem que seja em pequenos detalhes. Após testar duas das versões da linha 2026 durante o evento de lançamento realizado em Mendoza, na Argentina, o CT Auto comprovou que a missão dos engenheiros foi concluída com sucesso.

Embora não tenha apresentado nenhuma alteração em relação ao conjunto mecânico, que segue com o motor Turbo Diesel 2.2 na Overland e com o Turbo 2.0 a gasolina na Blackhawk, ambos acompanhados pelo câmbio automático de 9 marchas, a evolução se fez presente.

O test-drive foi feito em trajetos que misturaram ciclos urbanos e estradas de asfalto, cercadas pelo visual cinematográfico da Cordilheira dos Andes. Trechos desafiadores, em solo acidentado com aclives e declives, não ficaram de fora, e colocaram à prova os recursos da mais alta tecnologia que equipam o D-SUV.

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Foi nesse quesito em especial que o Jeep Commander 2026 brilhou e mostrou que evoluiu exatamente onde precisava para manter-se no lugar mais alto do ranking, tão difícil de alcançar quanto o cume das trilhas que o CT Auto percorreu ao volante da versão Blackhawk. Confira nossas primeiras impressões sobre a versão Blackhawk, topo de linha do SUV grande mais vendido do país.

Jeep Commander 2026 mudou pouco, mas ficou ainda melhor (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

Como anda o Jeep Commander 2026?

Boa parte do test-drive em Mendoza foi feito a bordo (ora ao volante, ora como passageiro) do Commander dotado com o motor 2.0 Turbo a gasolina, que entrega 272 cv de potência e 40,8 kgf/m de torque nas mãos do motorista, agora acompanhado pelo Rotary Shifter, seletor de marchas que dá mais agilidade à condução.

Nos trechos urbanos e nas rodovias asfaltadas, o Commander pouco mudou seu comportamento em relação ao que já havíamos testemunhado quando o motor Hurricane passou a incorporar a versão Blackhawk, em abril de 2024.

O SUV grande continua com excelente desempenho e uma tocada bastante segura e equilibrada. Embora pese 1.685 kg, o Commander é forte nas acelerações (chega aos 100 km/h em apenas 7 segundos), eficiente nas retomadas (5,4 segundos dos 80 aos 120 km/h) e extremamente estável, já que conta com suspensão independente nas quatro rodas.

“Rei” do off-road”

O que mais impressionou, porém, foram os recursos voltados para o off-road, que se mostraram extremamente úteis em um trajeto cuidadosamente planejado pela organização do evento.

A força dos quase 41 kgf/m de torque do Commander Blackhawk 2026 foi impressionante nos trechos de ladeira, e o uso da câmera 360º, uma das novidades da linha 2026, foi fundamental para transpor uma subida íngreme que não oferecia qualquer visão do que estava por vir na hora da descida. Foi a tecnologia que fez com que tudo ocorresse sem maiores problemas — exceto o frio na espinha de “mergulhar” no vazio.

Uso das tecnologias foi fundamental para transpor obstáculos com o Commander (Imagens: Paulo Amaral/Canaltech)

Na hora de descer o “morro”, aliás, também pusemos à prova o HDC, recurso que é conhecido como Controle Automático de Descida. Quando acionado, ele faz o carro assumir o controle dos freios e realizar o percurso de forma constante e suave, controlando a velocidade sem o motorista precisar intervir.

Não dá para não elogiar também o Jeep Traction control, que atua em pisos com baixa aderência e aplica o torque de frenagem no caso de uma das rodas escorregar para outra roda que esteja em contato com o solo, por meio do diferencial.

Como anda a versão diesel?

Tivemos a oportunidade de testar também a variante Overland Diesel, dotada de um motor turbo de 2.2 litros, com 200 cv de potência e 45,8 kgf/m de torque, mas o tempo ao volante dessa variante foi menor e majoritariamente em estrada asfaltada, o que tornou a missão um pouco menos “divertida”, mas igualmente segura e prazerosa.

Os recursos de tecnologia presentes nessa variante são bastante similares aos que estão no pacote da topo de linha. Embora um pouco menos potente, a diferença, em pista, acabou não sendo tão impactante, já que os limites de velocidade precisaram ser respeitados, obviamente.

Por dentro, o nível de conforto também é similar, e a ausência mais sentida ficou por conta das Performance Pages, que são exclusividade da Blackhawk. Em números, a versão Diesel tem um 0 a 100 km/h mais discreto (9,7 segundos), mas isso não foi “provado”, pois as condições não permitiram tal teste.