The Town deve movimentar R$ 2 bi, e boa parte vai para tecnologia e inovação

Tecnologia

A segunda edição do The Town deve movimentar R$ 2 bilhões e gerar 25 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com a Rock World. E boa parte do investimento vai para tecnologia e inivação. O festival acontece nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP).

O Canaltech conversou com a presidente executiva da Associação de Marketing Promocional (Ampro), Heloísa Santana, que estimou aproximadamente um terço de todo o investimento do evento está voltado para para tecnologia e inovação, apontando para a consolidação de uma tendência no setor do live marketing. 

“Pelo menos 30 a 40% de todo investimento está voltado para tecnologia e inovação”, estima Heloisa, baseando-se em dados estimados dos cases recebidos no AMPRO Awards. 


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A executiva destacou também como o investimento no festival vai além do entretenimento: “hoje a experiência começa com a venda antecipada de ingressos, com a identificação de dados personalizados, com as próprias ativações das marcas que estão presentes no parque”.

Revolução no live marketing

Como tendência no pós-pandemia, o setor de eventos segue em ascensão. Nos últimos 12 meses, o setor de “outras atividades de serviço”, que engloba os eventos, cresceu 4,6%, de acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape). 

Além disso, o mercado de eventos no país movimentou R$ 57,8 bilhões entre janeiro e maio deste ano, 3,3% a mais que no mesmo período do ano passado.

Após a pandemia, o setor passou por uma transformação profunda e precisou se reinventar. “Os eventos saem antes da pandemia apenas com o foco no presencial e passam por aquela trilha do digital”, conta Heloísa. 

Como resultado, os eventos receberam um público cada vez mais engajado no digital, e se viram num cenário de necessidade de inovações com tecnologia e experiências mais personalizadas, com dados mais precisos sobre o comportamento dos consumidores. 

Um exemplo prático são as ativações de marcas no The Town que usam a estratégia do live marketing, que consiste em proporcionar experiências interativas para o público.

A Seara, por exemplo, faz uma competição que envolve procurar por almofadas de seus produtos feitos para Air-fryer em uma piscina repleta de outras almofadas maiores em formato de nuggets. Ao encontrar as almofadas dos produtos, a pessoa precisa colocá-lo dentro de uma Air-fryer. E, ao vencer a competição, também retira seu prêmio de uma Air-fryer. 

Assim, a marca proporciona uma experiência divertida para o consumidor ao mesmo tempo que reforça o valor de seus produtos e especificidades, como o fato de serem alimentos destinados para o preparo na Air-fryer. 

Outro exemplo de como a tecnologia conversa com o live marketing é na hora de rastrear preferências musicais para definição de lineups futuros, e entregar anúncios personalizados. “É possível traquear o dado que o Marcelo foi na noite do rock, então provavelmente na próxima edição ele vai querer ir na noite do rock também”, explica Heloísa.

Impacto econômico na cidade de São Paulo

O The Town 2025 deve receber cerca de meio milhão de pessoas, e gera uma economia indireta significativa na maior cidade do Brasil.

“A cidade vira um hub de passeio, de turismo”, explica Heloisa. Desde os trens da CPTM que estão envelopados com publicidade do festival até lojas de fast fashion que criam looks especiais para o evento, toda a cadeia econômica se movimenta. 

A Ampro representa mais de 210 agências de marketing e empresas de entretenimento, e enxerga nos grandes festivais uma vitrine importante para a evolução do setor de live marketing. 

“Não tem live marketing que caminha sem tecnologia, sem inovação”, conclui Heloisa, reforçando que o futuro dos eventos está intrinsecamente ligado à revolução digital.

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