
O estudo Tic Kids Online Brasil 2025 trouxe dados atualizados que chamam atenção sobre o comportamento digital de crianças e adolescentes brasileiros ao revelar queda significativa no uso da internet dentro das escolas (51% em 2024 para 37% em 2025), ao mesmo tempo em que aponta estabilidade no acesso geral à rede entre jovens de 9 a 17 anos.
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Uma das principais justificativas para essa redução é a lei que restringe o uso de celulares em instituições de ensino, adotada no início deste ano. Com a medida em vigor, parte dos estudantes deixou de acessar a rede durante o período escolar.
Além da legislação, o ambiente político atual, marcado por debates sobre proteção digital infantil, também influencia esse comportamento. O movimento regulatório e a preocupação crescente com o ambiente digital contribuem para mudanças nos hábitos dos jovens dentro das escolas.
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Acesso à internet permanece alto

Apesar da queda no ambiente escolar, o Brasil segue com uma das maiores taxas de conectividade jovem da América Latina. Segundo o levantamento, 92% dos adolescentes e crianças acessaram a internet nos últimos três meses. A maior parte faz isso várias vezes ao dia, principalmente em casa.
Os celulares continuam sendo o principal meio de conexão, citados por 96% dos entrevistados, seguidos por televisão, computador e videogame.
Hábitos digitais e riscos
O estudo também identificou mudanças no tipo de conteúdo consumido. A visualização de vídeos, especialmente de influenciadores digitais, é um hábito frequente entre 46% dos jovens, realizado várias vezes ao dia. Embora muitos conteúdos sejam educativos ou de entretenimento saudável, há preocupação com materiais que promovem consumo e apostas.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância de mediação ativa por parte dos responsáveis, combinando diálogo, monitoramento e uso de ferramentas de controle. O objetivo é garantir um ambiente digital seguro, incentivando o uso consciente e equilibrado da internet.
O levantamento sobre o uso de internet por adolescente ouviu mais de 2.300 jovens e seus responsáveis, reforçando a relevância do debate nacional sobre educação digital, segurança online e políticas públicas para uso responsável da tecnologia entre crianças e adolescentes.
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