
Resumo
- TIM Brasil expandirá sua infraestrutura para levar 5G à Estação Comandante Ferraz na Antártica, em parceria com a Marinha e o governo federal.
- O 5G permitirá comunicação em tempo real para pesquisadores do Proantar, otimizando o envio de dados pesados, como imagens de satélite.
- A infraestrutura 5G será adaptada ao clima extremo, com cobertura de 10 km, atendendo 180 pesquisadores.
A TIM Brasil anunciou nesta quinta-feira (27/11) que expandirá sua infraestrutura de telecomunicações para levar sinal 5G à Antártica. O projeto dá continuidade à presença da operadora na região, que já conta com sinal 4G instalado pela empresa desde 2022.
A empresa firmou um Memorando de Entendimento com a Marinha do Brasil, o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para modernizar a conectividade na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), base científica do país no continente.
Segundo o cronograma divulgado pela operadora, a missão para a instalação dos equipamentos da nova rede de quinta geração está agendada para fevereiro de 2026.
Rede para pesquisadores na região

O principal objetivo da atualização tecnológica é ampliar as possibilidades de comunicação na região e otimizar o fluxo de trabalho dos cientistas vinculados ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Atualmente, a estação recebe dezenas de projetos selecionados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Com a baixa latência e a alta velocidade do 5G, a promessa é que o envio de dados pesados — como imagens de satélite, telemetria climática e resultados de coletas — possa ser feito em tempo real, sem a necessidade de aguardar o retorno ao continente ou depender de conexões via satélite mais lentas.
“Com a conexão 4G fornecida pela TIM é possível a comunicação com a Estação e envio de dados coletados pelas pesquisas. E, com o 5G, isso acontecerá em tempo real”, afirmou o contra-almirante Robledo, secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, em comunicado à imprensa.
Infraestrutura adaptada ao clima extremo

A TIM informa que a infraestrutura foi projetada para suportar as condições climáticas adversas no continente gelado. As antenas contarão com sistemas de aquecimento e vibração para evitar o acúmulo de gelo, o que poderia prejudicar a transmissão do sinal.
A expectativa é que, após a instalação em 2026, a rede ofereça uma área de cobertura de cerca de 10 quilômetros ao redor da estação.
Além de atender aos 180 pesquisadores que passam pela base anualmente, a conectividade servirá como uma camada extra de segurança para as operações logísticas e deslocamentos no entorno da base, complementando o sistema de rádio tradicional.
A operadora também anunciou a produção de uma série documental para registrar a rotina dos pesquisadores brasileiros na estação. As gravações devem ocorrer simultaneamente à missão de instalação da rede, em fevereiro.

