Vibe coding chega ao Google AI Studio; veja como criar apps com IA

Tecnologia
Resumo
  • Google AI Studio introduziu o vibe coding, que permite a criação de apps com IA usando o Gemini para integrar APIs de vídeo e imagem automaticamente.
  • A plataforma permite a descrição de apps multimodais e cria com base em prompts de texto, sem necessidade de conhecimento em programação.
  • O AI Studio oferece uma cota gratuita, com a opção de adicionar uma chave de API para uso contínuo após o esgotamento do limite.

O Google adicionou uma nova experiência de vibe coding no AI Studio, plataforma da empresa com modelos de IA ainda em desenvolvimento, mas disponíveis para testes pelo público. O objetivo, como de costume, é permitir que qualquer pessoa (mesmo sem conhecimento em programação) possa criar um app funcional de IA, usando prompts de texto.

A ferramenta usa os modelos Gemini mais recentes para fazer o trabalho pesado. O usuário descreve o app que deseja, assim como pediria o desenvolvimento de uma imagem, e a IA conecta automaticamente os modelos e APIs necessários para que ele funcione.

A nova plataforma de vibe coding se junta à Opal — que chegou ao Brasil neste mês — no portfólio da gigante de buscas. No AI Studio, voltado para desenvolvedores, a ideia é que aplicações integrem APIs da companhia e até mesmo protótipos do Gemini antes de uma aplicação em larga escala.

Como funciona?

Segundo o Google, o usuário pode descrever o aplicativo multimodal que deseja. Por exemplo, ao pedir um app que “gere vídeos a partir de um roteiro” ou “crie uma ferramenta de edição de fotos”, o AI Studio entende o comando e conecta automaticamente os modelos necessários, como o Veo ou o Nano Banana, respectivamente.

Entretanto, essa definição também pode ser manual. Abaixo da caixa de texto, a plataforma disponibiliza todos os modelos e APIs para que o próprio usuário possa selecionar.

Captura de tela da seção "Supercharge your apps with AI" (Potencialize seus aplicativos com IA) no Google AI Studio. A tela exibe uma grade de doze cartões (cards), cada um descrevendo um caso de uso ou recurso de API com IA, como: 'Create conversational voice apps' (Criar apps de voz conversacionais), 'Animate images with Veo' (Animar imagens com Veo), 'Use Google Search data' (Usar dados de pesquisa do Google), 'Generate images with a prompt' (Gerar imagens com um prompt) e 'AI powered chatbot' (Chatbot com IA).
Usuários podem definir modelos e APIs do Google para integrar aos apps (imagem: Felipe Faustino/Tecnoblog)

Para auxiliar, a plataforma também reformulou a galeria de apps, transformando-a em uma biblioteca visual de projetos. Os usuários podem explorar ideias, aprender com o código inicial e remixar os apps para as próprias criações.

Além da criação inicial, o vibe coding traz um novo Modo de Anotação. Com ele, o usuário pode alterar o app de forma visual, sem precisar editar o código-fonte diretamente. Basta destacar um elemento na interface (como um botão ou um card) e instruir o Gemini com comandos como “Mude a cor deste botão para azul”.

Animação (GIF) demonstrando um recurso de edição e anotação dentro do Google AI Studio ou de uma ferramenta de desenvolvimento. No lado esquerdo, são exibidas sugestões de modificação ou adição de recursos a um aplicativo, como 'Add decade selection' e 'Improve loading states'. Um cursor de mouse clica em um ícone que se assemelha a um pincel ou caneta na barra inferior, sugerindo uma funcionalidade de anotação visual ou edição de imagem dentro da plataforma.
Sistema possui modo para alterar interface facilmente (imagem: divulgação/Google)

Limite de uso gratuito

O acesso ao AI Studio opera com uma cota de uso gratuito. O Google informa que, caso o usuário esgote o limite, ele pode adicionar a própria chave de API (associada a um projeto pago do Google Cloud) para “continuar o vibe coding sem interrupção”.

Segundo a empresa, o objetivo é “reduzir a barreira entre uma grande ideia e um app funcional com o Gemini, para que qualquer um possa construir com IA”. A ideia é ousada no momento: até mesmo o responsável por cunhar o termo “vibe coding”, o ex-OpenAI Andrej Karpathy, revelou que o método ainda é limitado quando se trata de projetos maiores.

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