Vídeo gerado por IA simula o que aconteceria se Monte Fuji entrasse em erupção

Tecnologia

Um vídeo gerado por inteligência artificial, divulgado em 22 de agosto pelo Governo Metropolitano de Tóquio, vem chamando atenção por mostrar um cenário hipotético: o que aconteceria se o Monte Fuji, o vulcão mais famoso do Japão, entrasse em erupção sem aviso prévio. A produção faz parte das ações de conscientização ligadas ao Dia de Preparação para Desastres Vulcânicos de 2025 e busca alertar a população para os efeitos devastadores de um fenômeno dessa magnitude.

A simulação descreve a rapidez com que as cinzas poderiam alcançar Tóquio, localizada a cerca de 100 quilômetros do vulcão. Segundo o vídeo, bastaria uma ou duas horas para que a nuvem de detritos chegasse à capital, comprometendo estradas, ferrovias, linhas de energia e a qualidade do ar. Até mesmo pequenas quantidades de cinzas já seriam suficientes para prejudicar a visibilidade, provocar derrapagens em veículos e paralisar sistemas de transporte.

O impacto, porém, não se restringiria à mobilidade. A queda de cinzas em larga escala poderia entupir sistemas de esgoto, contaminar o abastecimento de água e causar o colapso de telhados mais frágeis. 


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

A cobertura do céu por partículas vulcânicas reduziria a incidência de luz solar, deixando parte da cidade na penumbra. A saúde pública também seria afetada: pessoas com doenças respiratórias estariam mais vulneráveis à inalação das partículas finas. Veja o vídeo:

A última erupção do Monte Fuji aconteceu em 1707 e espalhou cinzas por duas semanas. Embora no passado o vulcão apresentasse intervalos médios de 30 anos entre erupções, já se passaram mais de três séculos desde a última atividade. Isso alimenta especulações sobre a possibilidade de um novo episódio, embora não haja indícios concretos de risco imediato.

As autoridades destacam que o vídeo gerado por IA  não está ligado a sinais de erupção iminente, mas sim a uma campanha educativa. A recomendação oficial é que moradores mantenham estoques de alimentos, água e suprimentos médicos para, no mínimo, duas semanas.

Leia também:

VÍDEO | Como a Inteligência Artificial pode prevenir ondas traiçoeiras

Leia a matéria no Canaltech.